Lessing na estética de Adorno: música, pintura e a questão da pseudomorfose
Neste artigo, propomos uma confrontação entre a teoria dos signos de Gotthold E. Lessing, tal como exposta em Laocoonte ou sobre as fronteiras da pintura e da poesia (1766), e os dois ensaios de Theodor W. Adorno (de 1950 e 1965) sobre as relações entre música e pintura. Pretendemos, com isso, indic...
Autor principal: | |
---|---|
Formato: | info:eu-repo/semantics/article |
Lenguaje: | Portugués |
Publicado: |
Faculdade de Filosofia e Ciências
2019
|
Materias: | |
Acceso en línea: | https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/transformacao/article/view/6744 http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/73587 |
Sumario: | Neste artigo, propomos uma confrontação entre a teoria dos signos de Gotthold E. Lessing, tal como exposta em Laocoonte ou sobre as fronteiras da pintura e da poesia (1766), e os dois ensaios de Theodor W. Adorno (de 1950 e 1965) sobre as relações entre música e pintura. Pretendemos, com isso, indicar a presença de elementos decisivos da estética clássica alemã no pensamento adorniano do pós-guerra; em particular, observamos o modo pelo qual a teoria racionalista de Lessing atuaria como contraponto à abordagem dialética adorniana a respeito da irredutibilidade formal dos meios artísticos e das possibilidades de sua convergência. À luz de tal confrontação, discutiremos, em um segundo momento do artigo, alguns aspectos da conferência de Adorno de 1966, A arte e as artes, que em certa medida consubstancia a discussão dos ensaios precedentes sobre música e pintura. Indicaremos, nesse contexto, as diferenças entre o processo de pseudomorfose e o de imbricação (Verfransung) dos meios artísticos.
Recebido: 05/03/2017Aceito: 16/05/2018 |
---|