| Sumario: | Glioblastomas (GBM) representam cerca de 80% dos tumores malignos que acometem o sistema nervoso central (SNC) e, ainda hoje, possuem um prognóstico muito limitado. A existência de barreiras fisiológicas, especialmente barreira hematoencefálica (BBB), representa o principal obstáculo que limita a passagem de concentrações adequadas de muitos fármacos destinados ao seu combate. Por suas vantagens anatômicas, uma estratégia proposta para o fornecimento de agentes terapêuticos para o SNC consiste no uso da via nasal de administração, uma vez que ela evita a passagem pela BBB permitindo que o fármaco atinja o parênquima cerebral através de canais perineurais. Entretanto, essa via embora promissora, possui algumas características que podem limitar o tempo de residência das formulações na mucosa impedindo que o fármaco alcance o tecido alvo. Do ponto de vista farmacotécnico e tecnológico, a nanotecnologia pode proporcionar ferramentas capazes de contornar tais limitações. Além deste aspecto, o entendimento do comportamento molecular das células tumorais altamente agressivas e adaptáveis sugere que a terapêutica desta patologia deve englobar a abordagem de alvos múltiplos, minimizando assim, a adaptação e resistência. Portanto, a nanotecnologia é capaz de integrar essas lacunas fornecendo ferramentas que poderão proporcionar a entrega seletiva de fármacos, facilitar sua internalização ou ainda, conferir a liberação do agente terapêutico no alvo intracelular. Neste sentido, este trabalho propõe o design racional de nanopartículas poliméricas multifuncionais para a administração nasal de diferentes agentes terapêuticos criando assim uma nova perspectiva no combate a células tumorais
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