Efeitos tardios da co exposição larval a doses realísticas do inseticida clotianidina e do fungicida piraclostrobina : avaliação da longevidade das operárias adultas de apis mellifera africanizada

Nos últimos anos, as abelhas vêm sofrendo um declínio populacional que afeta os serviços ecossistêmicos de polinização, dentre os fatores desse declínio estão os agrotóxicos. Com o objetivo de avaliar o efeito da exposição a uma mistura do inseticida clotianidina e do fungicida piraclostrobina no de...

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Detalles Bibliográficos
Autores principales: Menezes Tadei, Rafaela, Aparecido, J., Silva Zacarin, Elaine C. M.
Formato: documento de conferencia
Lenguaje:Español
Publicado: 2018
Materias:
Acceso en línea:http://bdigital.uncu.edu.ar/12943
Descripción
Sumario:Nos últimos anos, as abelhas vêm sofrendo um declínio populacional que afeta os serviços ecossistêmicos de polinização, dentre os fatores desse declínio estão os agrotóxicos. Com o objetivo de avaliar o efeito da exposição a uma mistura do inseticida clotianidina e do fungicida piraclostrobina no desenvolvimento de Apis mellifera africanizada, larvas de primeiro instar obtidas de três colônias foram transferidas para cúpulas com dieta artificial padronizada. Realizou-se exposição repetida por via oral nas larvas, do terceiro ao sexto dia do bioensaio. O consumo total do inseticida foi de 0,2364 ng/larva e do fungicida de 23,63 ng/larva. Avaliou-se a longevidade das abelhas emergidas e realizou a caracterização química dos compostos por infravermelho. Os agrotóxicos não apresentaram efeitos deletérios nas larvas e pupas. Entretanto, as abelhas expostas ao inseticida isolado e aos dois agrotóxicos combinados apresentaram redução na longevidade dos adultos emergidos (p<0,01). O decréscimo no tempo de sobrevivência foi maior no grupo exposto apenas ao inseticida, sendo que a presença do fungicida no grupo co-exposto atenuou este decréscimo na longevidade, possivelmente por uma interação dos compostos químicos dos agrotóxicos, evidenciada pela mudança no padrão do espectrograma. O fungicida isolado não alterou a longevidade das abelhas (p>0,1). A co-exposição pode ter diminuído a toxicidade do inseticida por meio de interações químicas e/ou facilitado o processo de desintoxicação destes xenobióticos no organismo, reduzindo a mortalidade. Do ponto de vista da dinâmica populacional da colônia, estes dados são preocupantes, visto que as concentrações dos agrotóxicos foram encontradas nos recursos alimentares das abelhas