Sumario: | Com o aumento de expectativa de vida, o número de famílias e de convivências multigeracionais se ampliou sobremaneira nos últimos anos. Em relação a infância, a educação gerontológica, em diferentes âmbitos e abordagens, é apontada como ferramenta relevante para melhor visão e formação da criança sobre a velhice. O presente estudo objetivou compreender sobre a convivência e relacionamentos intergeracionais de crianças do ensino fundamental e, identificar possíveis práticas escolares voltadas ao tema velhice e envelhecimento, sob a ótica dos alunos. Tratou-se de estudo qualitativo, que contou com a participação de 20 crianças do ensino público fundamental de uma escola pública do interior do estado de São Paulo. As crianças foram agrupadas de forma a compor um grupo de crianças com 7 e, outro, com 11 anos de idade. Para a coleta de dados foi utilizado um Questionário que abordou as opiniões das crianças sobre o Envelhecimento e Pessoas Idosas. Os resultados acerca do relacionamento intergeracional revelaram que a convivência entre crianças e idosos fica menos frequente com o passar do tempo. Além disso, verificou-se que os alunos de ambos os grupos apresentam dúvidas sobre a velhice de diversas ordens e indicam que o tema é pouco abordado na escola. A partir dos resultados, discute-se sobre os relacionamentos intergeracionais e as dúvidas apresentadas pelos participantes em função da diferença de faixa etária e, destaca-se a necessidade de implementação de ações de educação gerontológica no contexto escolar considerando que as mesmas são potentes não só para a aproximação das gerações, como também para o exercício da convivência com a diversidade desde a infância
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