O ateismo virtual e sua agenda de demandas

O artigo que tem como intenção trazer uma reflexão sociológica acerca da visibilidade de grupos de ateus no cenário virtual latino-americano. Associações ateístas com sede virtual praticam um ativismo em defesa de causas próprias, mas também, reivindicam a participação na esfera pública enfatizando...

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Detalles Bibliográficos
Autor principal: Mezadri, Fernando
Formato: Artículo
Lenguaje:Portugués
Publicado: Universidad Nacional de Cuyo. Facultad de Filosofía y Letras. Instituto Multidisciplinario de Estudios Sociales Contemporáneos 2018
Materias:
Acceso en línea:http://bdigital.uncu.edu.ar/10697
Descripción
Sumario:O artigo que tem como intenção trazer uma reflexão sociológica acerca da visibilidade de grupos de ateus no cenário virtual latino-americano. Associações ateístas com sede virtual praticam um ativismo em defesa de causas próprias, mas também, reivindicam a participação na esfera pública enfatizando o respeito aos direitos humanos, à tolerância religiosa, ao pensamento livre entre outras manifestações. Quais as exigências colocadas na arena pública por essas associações? Percorrendo alguns conceitos ligados à sociologia da religião, secularização, secularismo, ateísmo, internet e ciberativismo; o texto apresenta dados estatísticos sobre os ateus em escala global e local, além de mostrar a existência de uma forma de ateísmo praticado por associações que se passa no mundo virtual. A metodologia empregada é de natureza qualitativa e descritiva. Empiricamente, oito associações ateístas do Cone Sul com foro virtual foram estudadas. O conteúdo de seus estatutos e websites após categorização, são analisados e comparados entre si e em relação ao referencial teórico. Como resultado, em função da dificuldade do encontro com grupos virtuais que defendam o ateísmo propriamente dito, optouse pela análise de grupos que articulam outras formas de demandas para além da causa do ateísmo. Ora, além de trazerem o tema do ateísmo para uma análise sociológica, percebe-se que os reclames dessa população em si são difusos e plurais. Defendem a liberdade e o pensamento ateísta, mas também apoiam direitos reprodutivos, a não discriminação de gênero, a República e a democracia, tudo isso, assegurados pela premissa do Estado laico.