Cabrião: o debate político no Segundo Reinado por meio das caricaturas de Angelo Agostini
A fundação do Cabrião (1866-1867), segunda revista ilustrada e humorística de São Paulo, editada por Américo de Campos, Antonio Manoel dos Reis e Angelo Agostini, consolidou o potencial da combinação da linguagem verbovisual para noticiar os principais acontecimentos citadinos, os debates políticos...
Autores principales: | , |
---|---|
Formato: | info:eu-repo/semantics/article |
Lenguaje: | Portugués |
Publicado: |
Editora da Universidade Federal da Grande Dourados
2018
|
Materias: | |
Acceso en línea: | https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/FRONTEIRAS/article/view/8633 http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/75497 |
Sumario: | A fundação do Cabrião (1866-1867), segunda revista ilustrada e humorística de São Paulo, editada por Américo de Campos, Antonio Manoel dos Reis e Angelo Agostini, consolidou o potencial da combinação da linguagem verbovisual para noticiar os principais acontecimentos citadinos, os debates políticos e os eventos culturais. A caricatura, técnica de deformação do real por meio do ridículo e da derrisão do objeto retratado, abrangeu o acesso das discussões da imprensa à um público não-letrado e permitiu intensificar a difusão de valores e ideias através de sua mordacidade cáustica. Nesse sentido, o periódico paulistano ilustrado criticou seus adversários políticos, principalmente, os conservadores e os jesuítas, considerados como obstáculos para o “progresso civilizatório”. Identificados com o ideário liberal, os redatores defenderam a descentralização política, o ensino laico, a supressão do poder moderador, entre outras medidas, o que muitas vezes ocasionou problemas políticos com seus próprios correligionários. Por fim, a oposição de diversos segmentos sociais da província de São Paulo contra a continuidade da circulação do Cabrião provocou uma crise financeira que impediu a produção de uma segunda série. |
---|