Luxúria e selvageria na invenção do Brasil: enquadramentos coloniais sobre as sexualidades indígenas

O presente artigo busca apresentar as perspectivas coloniais sobre sexualidades indígenas, a partir de relatos de cronistas e missionários no Brasil do século XVI, buscando compreender as referências europeias para tais representações. Pretendemos, dessa maneira, entender em que medida esta visão eu...

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Detalles Bibliográficos
Autor principal: Fernandes, Estevão Rafael
Formato: info:eu-repo/semantics/article
Lenguaje:Portugués
Publicado: Editora da Universidade Federal da Grande Dourados 2016
Materias:
Acceso en línea:https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/FRONTEIRAS/article/view/5836
http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/75449
Descripción
Sumario:O presente artigo busca apresentar as perspectivas coloniais sobre sexualidades indígenas, a partir de relatos de cronistas e missionários no Brasil do século XVI, buscando compreender as referências europeias para tais representações. Pretendemos, dessa maneira, entender em que medida esta visão europeia sobre sexualidade se mesclava com outras imagens de selvageria para compreender as sexualidades indígenas. De um modo geral, a hipótese a ser desenvolvida indica como ideias como “incesto”, “selvageria”, “corrupção”, “inversão”, “canibalismo”, “poligamia”, “embriaguez”, “luxúria”, “sodomia”, “nudez”, “bacanais” e “lascívia” formavam parte de um mesmo campo semântico. Além disso, tais descrições não podem ser compreendidas fora do projeto colonial e da perspectiva missionária da Coroa Portuguesa.