A dupla vida do pesquisador: etnografia da conversão ao pentecostalismo de membros do PCC na zona leste de São Paulo

Este artigo apresenta algumas inquietações em campo, durante a pesquisa realizada para o mestrado em Ciências da Religião pela PUC-SP. Os registros apresentados são resultado de entrevistas com Kadu, personagem principal da pesquisa, membro do PCC e de uma denominação pentecostal . O objeto central...

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Detalles Bibliográficos
Autor principal: Marques, Vagner Aparecido
Formato: info:eu-repo/semantics/article
Lenguaje:Portugués
Publicado: UFGD 2014
Materias:
Acceso en línea:https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/historiaemreflexao/article/view/2938
http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/74990
Descripción
Sumario:Este artigo apresenta algumas inquietações em campo, durante a pesquisa realizada para o mestrado em Ciências da Religião pela PUC-SP. Os registros apresentados são resultado de entrevistas com Kadu, personagem principal da pesquisa, membro do PCC e de uma denominação pentecostal . O objeto central da pesquisa está no questionamento referente ao ato da conversão ao pentecostalismo, sobretudo o binômio conversão = rupturas, que se sustentou como verdade fundamental ao longo de décadas na Sociologia da Religião e nos estudos sobre o pentecostalismo, mas que, em análises de campo, mostrou-se cada vez menos sólido. Ao converter-se ao pentecostalismo, Kadu não deixou de ser “irmão” do PCC para tornar-se “irmão” da igreja, e essa metamorfose em sua trajetória exigiu alguns cuidados no campo de pesquisa. Tais cuidados serão discutidos neste texto a fim de contribuir para a discussão sobre o papel do pesquisador no campo, seus posicionamentos, proximidade com o objeto e a necessidade de um distanciamento para análise dos dados e das fontes levantadas. Também serão questionados aspectos éticos e as observações (declaradas e não-declaradas) realizadas durante o momento da pesquisa.