Identidade Territorial da Comunidade Remanescente Quilombola de Água Morna de Curiúva-PR: uma análise após 10 anos de certificação
As Comunidades Remanescentes de Quilombos, até a Constituição Federal de 1988, estiveram silenciadas e esquecidas pela sociedade em geral e pelo Estado. De modo que, esta invisibilidade repercutiu também na ciência geográfica. Com vista a suprir tal carência em função deste histórico, a presente ref...
Autor principal: | |
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Formato: | info:eu-repo/semantics/article |
Lenguaje: | Portugués |
Publicado: |
UFPR
2019
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Acceso en línea: | https://revistas.ufpr.br/raega/article/view/50448 http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/74551 |
Sumario: | As Comunidades Remanescentes de Quilombos, até a Constituição Federal de 1988, estiveram silenciadas e esquecidas pela sociedade em geral e pelo Estado. De modo que, esta invisibilidade repercutiu também na ciência geográfica. Com vista a suprir tal carência em função deste histórico, a presente reflexão temcomo objetivo central analisar a identidade territorial da Comunidade Remanescente de Quilombo de Água Morna, localizada no município de Curiúva – PR, a partir da sua certificação como quilombola pela Fundação Cultural Palmares no ano de 2005, culminando na análise realizada em 2015. Isto é, apresentar como essa identidade territorial se constitui após 10 anos de certificação. Para este propósito, foram realizadas leituras de referências teóricos discutem a questão quilombola, identidade, território e identidade territorial, e de trabalho de campo e entrevistas com os sujeitos da comunidade e poder público. Ao longo do trabalho, verificou-se que, a certificação da comunidade criou um novo sujeito político e cultural, o quilombola. Entretanto, em função da ausência do poder público e dos problemas enfrentados pela comunidade com seu entorno, especialmente com os latifundiários vizinhos à comunidade, esta identidade atualmente encontra-se enfraquecida. De modo que, apresenta-se a configuração de um processo complexo de criação, fortalecimento, seguido de enfraquecimento e em alguns momentos de negação da identidade quilombola. |
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