DA DOMINAÇÃO COLONIAL À COLONIALIDADE DO SABER: EFEITOS DO DETERMINISMO ECOLÓGICO DUAL NO BRASIL

Este artigo estabelece reflexões acerca dos efeitos do determinismo ecológico dual sobre a formação social brasileira. Realizada a partir de fontes bibliográficas, a pesquisa funda-se no olhar crítico do pensamento pós-colonial, na semiosis colonial e na perspectiva da interação sociedade-natureza d...

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Detalles Bibliográficos
Autores principales: Loiola, Sérgio Almeida, Cardoso, Ludimila Stival, Araújo, Alexandre Martins, Nazareno, Elias
Formato: info:eu-repo/semantics/article
Lenguaje:Portugués
Publicado: UFPR 2016
Materias:
Acceso en línea:https://revistas.ufpr.br/raega/article/view/38075
http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/74174
Descripción
Sumario:Este artigo estabelece reflexões acerca dos efeitos do determinismo ecológico dual sobre a formação social brasileira. Realizada a partir de fontes bibliográficas, a pesquisa funda-se no olhar crítico do pensamento pós-colonial, na semiosis colonial e na perspectiva da interação sociedade-natureza da historia ambiental, a fim de desconstruir os signos de dominação disseminados na representação dual da natureza no Brasil. Desde o período colonial a representação de natureza ocorreu numa perspectiva dual: paraíso provedor de riquezas, e/ou fator limitante à sociedade; ambas representações tributárias do determinismo ecológico, fundado, sobretudo, na ideia aristotélica dos trópicos como fator limitante às sociedades e na Teoria do degeneracionismo. Esse dualismo originou-se a partir da visão utilitarista e externalizada da relação sociedade-natureza, durante o processo de dominação colonial. Influenciou a construção do “ser brasileiro”, já que as identidades do povo brasileiro estiveram associadas a noção de selvagem, florestas, meio ecológico e riquezas naturais, operando no modo como o brasileiro se vê, e é visto. Os resultados expõem que, se antes os signos da dominação colonial travestidos de “destino ecológico” eram externos, no presente encontram-se internalizados na mídia, literatura, ciência e na política, oferecendo barreira mental para a identificação das potencialidades e limites do meio ecológico, bem como o desenvolvimento de uma sociedade com elevada sustentabilidade.