PARA UMA DIALÉTICA CONSTELAR: THEODOR W. ADORNO À ENTRADA DO SÉCULO XXI

Interrogando-se sobre o lugar da filosofia de Theodor W. Adorno no âmbito do pensamento crítico contemporâneo, o presente artigo procura dar conta dos revezes da recepção político-filosófica da dialéctica negativa (das posturas críticas de Habermas, Lyotard ou Agamben às mais favoráveis de Jameson e...

Descripción completa

Detalles Bibliográficos
Autor principal: CACHOPO, João Pedro
Formato: info:eu-repo/semantics/article
Lenguaje:Portugués
Publicado: Faculdade de Filosofia e Ciências 2016
Materias:
Acceso en línea:https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/transformacao/article/view/5811
http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/73497
Descripción
Sumario:Interrogando-se sobre o lugar da filosofia de Theodor W. Adorno no âmbito do pensamento crítico contemporâneo, o presente artigo procura dar conta dos revezes da recepção político-filosófica da dialéctica negativa (das posturas críticas de Habermas, Lyotard ou Agamben às mais favoráveis de Jameson e Holloway) e discutir a sua relevância actual. Defender-se-á que a politização do pensamento adorniano é possível, muito embora as suas valências críticas não se restrinjam a essa possibilidade. Hoje, a dialéctica negativa funcionaria também como antídoto contra os atalhos tomados pelas correntes “voluntarista” (Peter Hallward), “messiânica” (Agamben) e “ontológica” (realismo especulativo) da filosofia, à entrada do século XXI. Contudo, atendendo a que a relação entre teoria e prática é complexa em Adorno, a sua relevância actual ressaltaria em relação com as reacções críticas que o movimento do “realismo especulativo” tem suscitado. Em diálogo com alguns dos seus interlocutores (Markus Gabriel e Adrian Johnston), sugere-se que o desenvolvimento de uma “dialéctica constelar” depende da introdução de um elemento destotalizador no seio do diagnóstico radical – a um só tempo materialista e transcendental – da dialéctica negativa.