DA REPRESENTAÇÃO NO PROCESSO EDUCACIONAL: ENTRE A FESTA E O ESPETÁCULO

No intercurso das relações sociais, o homem passa da representação dos objetos para a representação de si mesmo. Pelo relato do Segundo discurso, a ordem social fez dos acontecimentos um espetáculo enganoso porque, em vez de unir as pessoas, acabou por separá-las, interpondo o fenômeno, o parecer. S...

Descripción completa

Detalles Bibliográficos
Autor principal: PAIVA, Wilson Alves de
Formato: info:eu-repo/semantics/article
Lenguaje:Portugués
Publicado: Faculdade de Filosofia e Ciências 2015
Materias:
Acceso en línea:https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/transformacao/article/view/5375
http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/73461
_version_ 1782335278631878656
author PAIVA, Wilson Alves de
author_facet PAIVA, Wilson Alves de
author_sort PAIVA, Wilson Alves de
collection Repositorio
description No intercurso das relações sociais, o homem passa da representação dos objetos para a representação de si mesmo. Pelo relato do Segundo discurso, a ordem social fez dos acontecimentos um espetáculo enganoso porque, em vez de unir as pessoas, acabou por separá-las, interpondo o fenômeno, o parecer. Se o mundo se tornou, dessa forma, pura representação e a vida, uma encenação, a melhor máscara a ser colocada é a de um homem civil, e o papel a ser desenvolvido é o de um homem virtuoso, que tudo faz pela coletividade. A saída parece ser educacional, visto que o Emílio traz um projeto de formação humana que usa da representação de forma bem intencionada, já que não gera o espetáculo, a pompa e nem a usurpação. Tal situação pode ser entendida como o emprego da arte em benefício da moral, emprego da ficção, da brincadeira, do jogo e da imaginação em favor de uma ação cuja arte seja a de operar a restauração da natureza no homem e prepará-lo para o melhor convívio com seus semelhantes. Emílio é exercitado contra o sortilégio do jogo representativo e colocado em relação direta com a realidade, isto é, com a natureza e com as condições mais aproximadas do estado natural. Daí a valorização da vida campesina com suas festividades como ponto de partida de sua educação, a qual termina no pleno turbilhão social, tirando proveito inclusive dos espetáculos.
format info:eu-repo/semantics/article
id clacso-CLACSO73461
institution CLACSO, Repositorio Digital
language Portugués
publishDate 2015
publisher Faculdade de Filosofia e Ciências
record_format greenstone
spelling clacso-CLACSO734612022-03-21T18:06:58Z DA REPRESENTAÇÃO NO PROCESSO EDUCACIONAL: ENTRE A FESTA E O ESPETÁCULO PAIVA, Wilson Alves de Rousseau. Emílio. Educação e filosofia. Festas e representação. No intercurso das relações sociais, o homem passa da representação dos objetos para a representação de si mesmo. Pelo relato do Segundo discurso, a ordem social fez dos acontecimentos um espetáculo enganoso porque, em vez de unir as pessoas, acabou por separá-las, interpondo o fenômeno, o parecer. Se o mundo se tornou, dessa forma, pura representação e a vida, uma encenação, a melhor máscara a ser colocada é a de um homem civil, e o papel a ser desenvolvido é o de um homem virtuoso, que tudo faz pela coletividade. A saída parece ser educacional, visto que o Emílio traz um projeto de formação humana que usa da representação de forma bem intencionada, já que não gera o espetáculo, a pompa e nem a usurpação. Tal situação pode ser entendida como o emprego da arte em benefício da moral, emprego da ficção, da brincadeira, do jogo e da imaginação em favor de uma ação cuja arte seja a de operar a restauração da natureza no homem e prepará-lo para o melhor convívio com seus semelhantes. Emílio é exercitado contra o sortilégio do jogo representativo e colocado em relação direta com a realidade, isto é, com a natureza e com as condições mais aproximadas do estado natural. Daí a valorização da vida campesina com suas festividades como ponto de partida de sua educação, a qual termina no pleno turbilhão social, tirando proveito inclusive dos espetáculos. 2015-09-22 2022-03-21T18:06:58Z 2022-03-21T18:06:58Z info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/transformacao/article/view/5375 10.1590/S0101-31732015000400004 http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/73461 por https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/transformacao/article/view/5375/3744 Copyright (c) 2015 TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 application/pdf Faculdade de Filosofia e Ciências TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia; Vol. 38 No. Special Issue: Special Issue/2015 TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia; v. 38 n. Special Issue: Número Especial 1980-539X 0101-3173
spellingShingle Rousseau. Emílio. Educação e filosofia. Festas e representação.
PAIVA, Wilson Alves de
DA REPRESENTAÇÃO NO PROCESSO EDUCACIONAL: ENTRE A FESTA E O ESPETÁCULO
title DA REPRESENTAÇÃO NO PROCESSO EDUCACIONAL: ENTRE A FESTA E O ESPETÁCULO
title_full DA REPRESENTAÇÃO NO PROCESSO EDUCACIONAL: ENTRE A FESTA E O ESPETÁCULO
title_fullStr DA REPRESENTAÇÃO NO PROCESSO EDUCACIONAL: ENTRE A FESTA E O ESPETÁCULO
title_full_unstemmed DA REPRESENTAÇÃO NO PROCESSO EDUCACIONAL: ENTRE A FESTA E O ESPETÁCULO
title_short DA REPRESENTAÇÃO NO PROCESSO EDUCACIONAL: ENTRE A FESTA E O ESPETÁCULO
title_sort da representação no processo educacional: entre a festa e o espetáculo
topic Rousseau. Emílio. Educação e filosofia. Festas e representação.
url https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/transformacao/article/view/5375
http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/73461