SISTEMA EM LEIBNIZ E DESCARTES
Descartes concebe que a verdadeira ordem científica é a ordem das razões, na qual se parte das verdades mais fáceis e evidentes em direção às mais difíceis e complexas. Assim, estabelecese uma ordem única, progressiva e irreversível, onde cada membro da cadeia depende daqueles que o antecederam, de...
Autor principal: | |
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Lenguaje: | Portugués |
Publicado: |
Faculdade de Filosofia e Ciências
2012
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Materias: | |
Acceso en línea: | https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/transformacao/article/view/1799 http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/73246 |
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author | Hirata, Celi |
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description | Descartes concebe que a verdadeira ordem científica é a ordem das razões, na qual se parte das verdades mais fáceis e evidentes em direção às mais difíceis e complexas. Assim, estabelecese uma ordem única, progressiva e irreversível, onde cada membro da cadeia depende daqueles que o antecederam, de modo que cada tese possui um lugar não-intercambiável dentro da doutrina. Leibniz, ao contrário, defende que “[...] uma mesma verdade pode ter vários lugares, conforme as diferentes relações que pode possuir” (Novos Ensaios, IV, XXI, § 4). A fim de evitar as repetições, reunindo-se o máximo de verdades no mínimo de volumes, o autor propõe que a melhor ordem científica é a disposição sistemática das matérias, que consiste em uma organização do saber na qual cada lugar reenvia a outros, tornando clara a conexão entre os conhecimentos. Em contraposição ao modelo de sistema cartesiano, no modelo leibniziano, as teses se fundamentam mutuamente e a ordem das verdades estabelecidas é reversível. Ora, é devido a essas diferenças na concepção de sistema que Leibniz, ao contrário de Descartes, pode pretender tomar o que há de melhor nos sistemas legados pela tradição para constituir o seu próprio sistema, já que para ele há uma certa maleabilidade na constituição do sistema filosófico. |
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language | Portugués |
publishDate | 2012 |
publisher | Faculdade de Filosofia e Ciências |
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spelling | clacso-CLACSO732462022-03-21T18:05:26Z SISTEMA EM LEIBNIZ E DESCARTES Hirata, Celi Ordem das razões. Ordem sistemática. Reversibilidade. Descartes concebe que a verdadeira ordem científica é a ordem das razões, na qual se parte das verdades mais fáceis e evidentes em direção às mais difíceis e complexas. Assim, estabelecese uma ordem única, progressiva e irreversível, onde cada membro da cadeia depende daqueles que o antecederam, de modo que cada tese possui um lugar não-intercambiável dentro da doutrina. Leibniz, ao contrário, defende que “[...] uma mesma verdade pode ter vários lugares, conforme as diferentes relações que pode possuir” (Novos Ensaios, IV, XXI, § 4). A fim de evitar as repetições, reunindo-se o máximo de verdades no mínimo de volumes, o autor propõe que a melhor ordem científica é a disposição sistemática das matérias, que consiste em uma organização do saber na qual cada lugar reenvia a outros, tornando clara a conexão entre os conhecimentos. Em contraposição ao modelo de sistema cartesiano, no modelo leibniziano, as teses se fundamentam mutuamente e a ordem das verdades estabelecidas é reversível. Ora, é devido a essas diferenças na concepção de sistema que Leibniz, ao contrário de Descartes, pode pretender tomar o que há de melhor nos sistemas legados pela tradição para constituir o seu próprio sistema, já que para ele há uma certa maleabilidade na constituição do sistema filosófico. 2012-03-23 2022-03-21T18:05:26Z 2022-03-21T18:05:26Z info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/transformacao/article/view/1799 10.1590/S0101-31732012000100003 http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/73246 por https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/transformacao/article/view/1799/1510 Copyright (c) 2021 TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 application/pdf Faculdade de Filosofia e Ciências TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia; Vol. 35 No. 1 (2012); 23-36 TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia; v. 35 n. 1 (2012); 23-36 1980-539X 0101-3173 |
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