A CONDIÇÃO (DES)HUMANA: H. ARENT E O TRABALHO EM MARX

A elaboração dos conceitos ação, trabalho e labor por Arendt é destinada à critica aos pressupostos de Marx e à sua interpretação da sociedade moderna. Esses pressupostos de Arendt são erguidos a partir do ideário de Locke e da tradição antiga que, ao seu ver, colocam em xeque a glorificação do trab...

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Detalles Bibliográficos
Autor principal: VALLE, Maria Ribeiro do
Formato: info:eu-repo/semantics/article
Lenguaje:Portugués
Publicado: Faculdade de Filosofia e Ciências 2022
Acceso en línea:https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/novosrumos/article/view/1299
http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/71895
Descripción
Sumario:A elaboração dos conceitos ação, trabalho e labor por Arendt é destinada à critica aos pressupostos de Marx e à sua interpretação da sociedade moderna. Esses pressupostos de Arendt são erguidos a partir do ideário de Locke e da tradição antiga que, ao seu ver, colocam em xeque a glorificação do trabalho pela Modernidade. No presente artigo buscamos mostrar a insustentabilidade teórica da argumentação da autora ao equiparar o estatuto do trabalho de Marx ao da Economia Politica clássica, reduzindo a teoria social marxista aos fundamentos teóricos do liberalismo que legitimaram a propriedade privada a partir da defesa da “produtividade natural” do trabalho. Arendt desconsidera, assim, não apenas a critica de Marx à Economia politica, como o cerne de seu projeto de emancipação do homem: a abolição da propriedade privada e do trabalho alienado.