A ESCOLA E AS RELAÇÕES AMISTOSAS: RELAÇÕES ENTRE AFETIVIDADE E COGNIÇÃO

O artigo discute as relações entre afetividade e cognição na construção das rela-ções amistosas a partir do modelo teórico piagetiano. As relações interpessoais são analisadas a partir de conceitos teóricos, tais como a equilibração e a toma-da de consciência, com foco nos aspectos afetivos e cognit...

Descripción completa

Detalles Bibliográficos
Autores principales: TORTELLA, Jussara Cristina Barboza, ASSIS, Orly Zucatto Mantovani de
Formato: info:eu-repo/semantics/article
Lenguaje:Portugués
Publicado: Faculdade de Filosofia e Ciências 2018
Acceso en línea:https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/scheme/article/view/7662
http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/71313
Descripción
Sumario:O artigo discute as relações entre afetividade e cognição na construção das rela-ções amistosas a partir do modelo teórico piagetiano. As relações interpessoais são analisadas a partir de conceitos teóricos, tais como a equilibração e a toma-da de consciência, com foco nos aspectos afetivos e cognitivos. Para discussão do tema da amizade apresenta-se duas pesquisas americanas que retratam as representações de crianças e jovens sobre o conceito e uma pesquisa que denota as representações da amizade de crianças brasileiras de seus amigos da sala de aula. Trata-se de uma pesquisa quali-quantitativa, do tipo transversal, em que foram analisadas as ideias de sujeitos de diferentes idades e gênero. Participaram 154 crianças com idades entre 6 a 12 anos de escolas municipais e estaduais. Foram utilizados os seguintes procedimentos: levantamento das escolhas dos sujeitos por meio do teste sociométrico adaptado; entrevista sobre as concepções dos sujeitos em relação ao melhor amigo, amigo e não amigo (motivos da escolha, interações, sentimentos) e, e discussão de dilemas hipotéticos envolvendo relações de amizade (empréstimo, fidelidade, segredo). Os dados se mostraram similares aos de outros estudos americanos no que diz respeito aos sentimentos, mas, talvez, pelo número de sujeitos da amostra e levando-se em consideração o teor das questões para os outros temas – motivo e interação – as diferenças de idade não foram verificadas. Os dados mostraram que com relação aos três conteúdos não foi comprovada a hipótese segundo a qual a forma como as crianças expressam suas representações sobre amizade apresenta diferenças de gênero quanto ao seu conteúdo. Os trabalhos americanos e o brasileiro demonstram que há um progresso, existem “formas melhores” no que diz respeito à construção da noção de amizade. O processo construtivo parece estar bem delimitado.  Por fim, são tecidas algumas considerações sobre a contribuição dos estudos para a realidade escolar.