O CONCEITO DE SENSIBILIDADE EM PEIRCE: CONTRIBUIÇÕES PARA UMA CONCEPÇÃO DE COGNIÇÃO AFETIVA
O que é a sensibilidade? No fluxo da vida, qual a importância da sensibilidade? A proposta do presente ensaio é investigar a sensibilidade como um processo de inferência abdutiva, como um princípio que permite a ocorrência de uma cognição afetiva que se faz por meio da captação de informações substa...
Autor principal: | |
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Lenguaje: | Portugués |
Publicado: |
Faculdade de Filosofia e Ciências
2016
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Materias: | |
Acceso en línea: | https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/kinesis/article/view/6444 http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/71079 |
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author | Carvalho, Maria Amelia de |
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description | O que é a sensibilidade? No fluxo da vida, qual a importância da sensibilidade? A proposta do presente ensaio é investigar a sensibilidade como um processo de inferência abdutiva, como um princípio que permite a ocorrência de uma cognição afetiva que se faz por meio da captação de informações substanciais ou sensíveis, nas quais os processos instintivos predominam. Partindo-se desta hipótese, investigaremos acerca dos conceitos de sensibilidade, consciência imediata, metáfora, cognição afetiva e suas possíveis correlações. Considera-se inicialmente que em processos semióticos nos quais o interpretante emocional é mais intenso que o interpretante lógico, pode ocorrer um tipo de conhecimento afetivo que se faz por meio de metáforas. Considerando os processos metafóricos como um caso de inferência abdutiva, Peirce apontou para um elemento central na caracterização dada às metáforas: o papel que a abdução desempenha na constituição das mesmas. Como exemplo, pode-se indicar a relação de ajuste entre o corpo e o ambiente, na qual predomina uma cognição corporal que se faz por meio de semioses que envolvem redes de signos não verbais. Este é um aspecto importante, pois é mediante uma quebra de hábito e a aquisição de novos hábitos, que os processos de manutenção da vida podem ocorrer em diferentes graus de exigências de controle, e em diferentes planos de ação. Numa perspectiva semiótica, processos de significação e interpretação, podem ocorrer em várias dimensões, desde a celular até as inter-relações pessoais, planetárias e cósmicas. Ressalta-se que nesta perspectiva, processos corporais e mentais não estariam separados em diferentes domínios, mas constituem um contínuo que possibilita a manutenção da vida e a realização de potencialidades. Considerando que em processos de continuidade da vida emerge uma sensibilidade que se expressa por meio de metáforas, destaca-se que um ponto chave nesses processos é o fator surpresa que constitui a detecção de desajustes e posteriores reajustes vivenciados em cognições afetivas que ocorrem ao longo do tempo. Ressalta-se então que o desajuste desencadeia o processo de abdução o suficiente para reconduzir o processo de aquisição de conhecimentos de importância vital, permitindo a renovação de aspectos criativos no plano pessoal e coletivo. |
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spelling | clacso-CLACSO710792022-03-21T17:28:37Z O CONCEITO DE SENSIBILIDADE EM PEIRCE: CONTRIBUIÇÕES PARA UMA CONCEPÇÃO DE COGNIÇÃO AFETIVA Carvalho, Maria Amelia de Pragmatismo Metáfora Sensibilidade Consciência imediata Cognição afetiva O que é a sensibilidade? No fluxo da vida, qual a importância da sensibilidade? A proposta do presente ensaio é investigar a sensibilidade como um processo de inferência abdutiva, como um princípio que permite a ocorrência de uma cognição afetiva que se faz por meio da captação de informações substanciais ou sensíveis, nas quais os processos instintivos predominam. Partindo-se desta hipótese, investigaremos acerca dos conceitos de sensibilidade, consciência imediata, metáfora, cognição afetiva e suas possíveis correlações. Considera-se inicialmente que em processos semióticos nos quais o interpretante emocional é mais intenso que o interpretante lógico, pode ocorrer um tipo de conhecimento afetivo que se faz por meio de metáforas. Considerando os processos metafóricos como um caso de inferência abdutiva, Peirce apontou para um elemento central na caracterização dada às metáforas: o papel que a abdução desempenha na constituição das mesmas. Como exemplo, pode-se indicar a relação de ajuste entre o corpo e o ambiente, na qual predomina uma cognição corporal que se faz por meio de semioses que envolvem redes de signos não verbais. Este é um aspecto importante, pois é mediante uma quebra de hábito e a aquisição de novos hábitos, que os processos de manutenção da vida podem ocorrer em diferentes graus de exigências de controle, e em diferentes planos de ação. Numa perspectiva semiótica, processos de significação e interpretação, podem ocorrer em várias dimensões, desde a celular até as inter-relações pessoais, planetárias e cósmicas. Ressalta-se que nesta perspectiva, processos corporais e mentais não estariam separados em diferentes domínios, mas constituem um contínuo que possibilita a manutenção da vida e a realização de potencialidades. Considerando que em processos de continuidade da vida emerge uma sensibilidade que se expressa por meio de metáforas, destaca-se que um ponto chave nesses processos é o fator surpresa que constitui a detecção de desajustes e posteriores reajustes vivenciados em cognições afetivas que ocorrem ao longo do tempo. Ressalta-se então que o desajuste desencadeia o processo de abdução o suficiente para reconduzir o processo de aquisição de conhecimentos de importância vital, permitindo a renovação de aspectos criativos no plano pessoal e coletivo. 2016-11-07 2022-03-21T17:28:37Z 2022-03-21T17:28:37Z info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/kinesis/article/view/6444 10.36311/1984-8900.2016.v8.n17.11.p192 http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/71079 por https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/kinesis/article/view/6444/4246 Copyright (c) 2016 Kínesis - Revista de Estudos dos Pós-Graduandos em Filosofia http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 application/pdf Faculdade de Filosofia e Ciências Kínesis - Revista de Estudos dos Pós-Graduandos em Filosofia; v. 8 n. 17 (2016): Edição Especial; 192-200 1984-8900 |
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