APALPAR COM O OLHAR: UMA REFLEXÃO SOBRE UMA POSSÍVEL FUNÇÃO HÁPTICA NA OBRA DE MERLEAU-PONTY
Esta análise visa pensar se é possível associarmos Merleau-Ponty com uma tradição que descreve a visão a partir de uma função háptica – uma tradição que enfatiza como a visão é capaz de realizar uma função própria ao tocar. Para isto, retomaremos vários exemplos em que Merleau-Ponty parece flertar c...
Autor principal: | |
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Formato: | info:eu-repo/semantics/article |
Lenguaje: | Portugués |
Publicado: |
Faculdade de Filosofia e Ciências
2012
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Materias: | |
Acceso en línea: | https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/kinesis/article/view/4488 http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/70905 |
Sumario: | Esta análise visa pensar se é possível associarmos Merleau-Ponty com uma tradição que descreve a visão a partir de uma função háptica – uma tradição que enfatiza como a visão é capaz de realizar uma função própria ao tocar. Para isto, retomaremos vários exemplos em que Merleau-Ponty parece flertar com essa possibilidade, seja na descrição de patologias, como na heautoscopia, seja em casos obscuros, como na telepatia, seja na descrição dos pintores, como Marchand, seja na descrição de casos clínicos, como de uma mulher que se sente olhada pelo mundo, etc. No fundo, parece que Merleau-Ponty dá um passo adiante daquela tradição: se nossa nuca queima com o olhar de outrem, isso nos sugere que essa função está incrustada também num olhar que não é o nosso – algo que só é possível se levarmos ao extremo o que a filosofia da carne de Merleau-Ponty nos ensina. |
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