O PACTO ORIGINÁRIO COMO PRESSUPOSTO DUALISTA DA ONTOLOGIA DE MERLEAU-PONTY

A partir da leitura e interpretação da Fenomenologia da Percepção (1945), procuro mostrar como a descrição fenomenológica, empreendida na primeira fase do pensamento de Merleau-Ponty, tem como ponto de partida a ideia de um pacto originário entre corpo e mundo. Essa ideia é enfatizada pelo modo de f...

Descripción completa

Detalles Bibliográficos
Autor principal: Camargo, Jeovane
Formato: info:eu-repo/semantics/article
Lenguaje:Portugués
Publicado: Faculdade de Filosofia e Ciências 2012
Materias:
Acceso en línea:https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/kinesis/article/view/4486
http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/70903
Descripción
Sumario:A partir da leitura e interpretação da Fenomenologia da Percepção (1945), procuro mostrar como a descrição fenomenológica, empreendida na primeira fase do pensamento de Merleau-Ponty, tem como ponto de partida a ideia de um pacto originário entre corpo e mundo. Essa ideia é enfatizada pelo modo de funcionamento da temporalidade, o qual precisa de um ponto de partida para, em seguida, se desdobrar. O pacto originário, ao abrir a experiência por meio de relações sensíveis, coloca o problema da articulação entre corpo e mundo. Além disso, tento mostrar, ainda, que tal ideia é mantida até mesmo em O Visível e o Invisível (1964), de maneira que todas as reflexões de Merleau-Ponty podem estar comprometidas com tal pressuposto. Enfim, procuro trazer à luz certo impensado que tal pacto originário enuncia.