SOBRE A NORMATIVIDADE DO SIGNIFICADO
Os aspectos normativos da linguagem impõem uma restrição substancial sobre as teorias aceitáveis do significado – na medida em que se supõe que o significado é uma noção intrinsecamente normativa. Esta suposição acaba por vetar a possibilidade de se oferecer considerações puramente naturalistas ou d...
Autor principal: | |
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Lenguaje: | Portugués |
Publicado: |
Faculdade de Filosofia e Ciências
2012
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Materias: | |
Acceso en línea: | https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/kinesis/article/view/4477 http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/70896 |
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author | Carmo, Juliano Santos do |
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description | Os aspectos normativos da linguagem impõem uma restrição substancial sobre as teorias aceitáveis do significado – na medida em que se supõe que o significado é uma noção intrinsecamente normativa. Esta suposição acaba por vetar a possibilidade de se oferecer considerações puramente naturalistas ou descritivistas do significado. Meu objetivo neste artigo é mostrar que não é necessário supor que o significado seja de fato uma noção intrinsecamente normativa. Não negarei que a linguagem esteja permeada de normatividade, ou ao menos, que a linguagem tenha aspectos normativos importantes – como sentenças com conteúdo normativo – mas eu creio que estes fenômenos podem realmente ser explicados de outra maneira. Em outras palavras, o que eu quero mostrar é que a normatividade da linguagem pode não oferecer razões fortes para se rejeitar completamente as considerações não-normativas da noção de significado. Mesmo os aspectos fortemente convencionais da linguagem poderiam ser mostrados como essencialmente não-prescritivos ou não-normativos (contra uma longa tradição defendida por filósofos adeptos da segunda fase do pensamento de Wittgenstein). Começo, portanto, por apresentar as raízes do problema; ou seja, mostrando como surge a restrição às considerações naturalistas ou reducionistas do significado linguístico em função da suposição da tese forte da normatividade. |
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publisher | Faculdade de Filosofia e Ciências |
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spelling | clacso-CLACSO708962022-03-21T17:27:58Z SOBRE A NORMATIVIDADE DO SIGNIFICADO Carmo, Juliano Santos do Linguagem Normatividade Naturalismo Os aspectos normativos da linguagem impõem uma restrição substancial sobre as teorias aceitáveis do significado – na medida em que se supõe que o significado é uma noção intrinsecamente normativa. Esta suposição acaba por vetar a possibilidade de se oferecer considerações puramente naturalistas ou descritivistas do significado. Meu objetivo neste artigo é mostrar que não é necessário supor que o significado seja de fato uma noção intrinsecamente normativa. Não negarei que a linguagem esteja permeada de normatividade, ou ao menos, que a linguagem tenha aspectos normativos importantes – como sentenças com conteúdo normativo – mas eu creio que estes fenômenos podem realmente ser explicados de outra maneira. Em outras palavras, o que eu quero mostrar é que a normatividade da linguagem pode não oferecer razões fortes para se rejeitar completamente as considerações não-normativas da noção de significado. Mesmo os aspectos fortemente convencionais da linguagem poderiam ser mostrados como essencialmente não-prescritivos ou não-normativos (contra uma longa tradição defendida por filósofos adeptos da segunda fase do pensamento de Wittgenstein). Começo, portanto, por apresentar as raízes do problema; ou seja, mostrando como surge a restrição às considerações naturalistas ou reducionistas do significado linguístico em função da suposição da tese forte da normatividade. 2012-07-31 2022-03-21T17:27:58Z 2022-03-21T17:27:58Z info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/kinesis/article/view/4477 10.36311/1984-8900.2012.v4n07.4477 http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/70896 por https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/kinesis/article/view/4477/3290 Copyright (c) 2012 Kínesis - Revista de Estudos dos Pós-Graduandos em Filosofia http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 application/pdf Faculdade de Filosofia e Ciências Kínesis - Revista de Estudos dos Pós-Graduandos em Filosofia; v. 4 n. 07 (2012); 376-391 1984-8900 |
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