VIDA E VIVENTE NA FILOSOFIA FRANCESA CONTEMPORÂNEA

O presente artigo investiga o impacto da recepção da obra de K. Goldstein – Der Aufbau des Organismus – sobre o pensamento francês do final dos anos 1930 e início dos anos 1940. Especificamente, trata-se de explorar três diferentes paradigmas segundo os quais a noção de vida pôde ser pensada. De um...

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Detalles Bibliográficos
Autor principal: Ramos, Silvana de Souza
Formato: info:eu-repo/semantics/article
Lenguaje:Portugués
Publicado: Faculdade de Filosofia e Ciências 2012
Materias:
Acceso en línea:https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/kinesis/article/view/4447
http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/70877
Descripción
Sumario:O presente artigo investiga o impacto da recepção da obra de K. Goldstein – Der Aufbau des Organismus – sobre o pensamento francês do final dos anos 1930 e início dos anos 1940. Especificamente, trata-se de explorar três diferentes paradigmas segundo os quais a noção de vida pôde ser pensada. De um lado, a teoria bergsoniana do elã vital – apresentada em L’évolution créatrice –, a qual fornece uma compreensão precisa da evolução geral da vida, entendida sob as prerrogativas da intuição, tal como o filósofo a compreende. De outro lado, a partir da recepção do pensamento de K. Godstein, a noção de elã vital é criticada, de forma que o pensamento francês produz duas novas abordagens da vida, as quais buscam enfatizar o vivente e sua singularidade (e não a generalidade do impulso vital): a filosofia da normatividade vital – defendida por G. Canguilhem em Le normal et le pathologique – e a fenomenologia da vida, tal como aparece nas diferentes fases da obra de M. Merleau Ponty. Nosso trabalho pretende explicitar as dificuldades enfrentadas pela filosofia francesa contemporânea – especialmente pela fenomenologia – para dar conta da criatividade e da interioridade expressa pela estrutura vivente, uma vez que ela abre novos horizontes para a abordagem da gênese da racionalidade.