MITO, MENTIRA E FEIÚRA NO LIVRO II DA REPÚBLICA DE PLATÃO

A censura platônica à poesia no Livro II da República está claramente fundada num critério moral: na educação dos jovens, devem ser evitados os mitos feios, isto é, os mitos que conduzem aos vícios morais. Há passagens em que Platão parece identificar a feiúra dos mitos ao conceito...

Descripción completa

Detalles Bibliográficos
Autor principal: Orlandi, Juliano
Formato: info:eu-repo/semantics/article
Lenguaje:Portugués
Publicado: Faculdade de Filosofia e Ciências 2011
Materias:
Acceso en línea:https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/kinesis/article/view/4421
http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/70852
Descripción
Sumario:A censura platônica à poesia no Livro II da República está claramente fundada num critério moral: na educação dos jovens, devem ser evitados os mitos feios, isto é, os mitos que conduzem aos vícios morais. Há passagens em que Platão parece identificar a feiúra dos mitos ao conceito de mentira e, assim, a censura parece se dirigir aos mitos mentirosos. Em outros trechos, contudo, Platão parece admitir a existência de mitos que, apesar de mentirosos, podem ser considerados belos. Nesse caso, o Livro II não parece identificar os conceitos de mentira e feiúra nos mitos. A oscilação entre o verdadeiro motivo para censurar os poetas no Livro II da República constitui o ensejo desta investigação