O CONCEITO DE FELICIDADE EM FREUD

Em O mal-estar na cultura, Freud dedica um espaço privilegiado de reflexão para o tema da felicidade. Para o autor, a felicidade, tal como é comumente concebida pelos homens, significa obtenção de prazer. Por ser determinada pelo programa do princípio de prazer, passa a denotar, al...

Descripción completa

Detalles Bibliográficos
Autor principal: Inada, Jaqueline Feltrin
Formato: info:eu-repo/semantics/article
Lenguaje:Portugués
Publicado: Faculdade de Filosofia e Ciências 2009
Materias:
Acceso en línea:https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/kinesis/article/view/4292
http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/70748
Descripción
Sumario:Em O mal-estar na cultura, Freud dedica um espaço privilegiado de reflexão para o tema da felicidade. Para o autor, a felicidade, tal como é comumente concebida pelos homens, significa obtenção de prazer. Por ser determinada pelo programa do princípio de prazer, passa a denotar, além de obtenção de prazer, evitação de desprazer. Mas esse princípio visa, sobretudo, evacuar toda a excitação presente no aparelho psíquico, o que conduz a afirmativa de que o aparelho psíquico não está voltado para produzir um estado prazeroso. Assim sendo, O mal-estar na cultura anuncia uma contradição entre aquilo que constitui o propósito dos homens em suas vidas, ou seja, a felicidade no sentido de obter prazer, e a possibilidade real dela ser alcançada, uma vez que toda a constituição psíquica está voltada para atingir o estado zero de tensão. O conceito de felicidade pode, neste sentido, ser entendido como um estado sem excitação, visto que é determinado pelo princípio de prazer.