Ensaio Autoral
“Resolvi, há 12 anos, passear pelas ruas da cidade onde moro, munido de uma câmera como se fosse um caderno de anotações, registrando as minhas impressões sobre a arquitetura. Adotei o preto e branco por pensar que somente assim traduziria em fotos a cidade da forma como eu a "via" ou imag...
Autor principal: | |
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Formato: | info:eu-repo/semantics/article |
Lenguaje: | Portugués |
Publicado: |
Faculdade de Filosofia e Ciências
2013
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Acceso en línea: | https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/aurora/article/view/3404 http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/70157 |
Sumario: | “Resolvi, há 12 anos, passear pelas ruas da cidade onde moro, munido de uma câmera como se fosse um caderno de anotações, registrando as minhas impressões sobre a arquitetura. Adotei o preto e branco por pensar que somente assim traduziria em fotos a cidade da forma como eu a "via" ou imaginava. Esse recurso foi uma espécie de fuga da realidade para encontrar uma Marília que somente existe nos meus devaneios. Feita de luz e sombra, de contrastes de vários tipos, a "minha" Marília é simples, nostálgica, silenciosa, em preto e branco e, quase sempre, através de uma pequena Leica. Hoje, porém, tento encontrar essa cidade com uma câmera digital. Andar pela cidade como um pedestre, por suas ruas e avenidas, dobrando esquinas, vencendo quarteirões, na velocidade dos passos, no tempo de um passeio, observando os detalhes, pode ser um ótimo exercício para o nosso olhar. Sem horário a cumprir, ou mesmo algum lugar para chegar, sentimos o urbano de outra forma. Uma cidade imaginária aparece.” |
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