A “ascensão pacífica” na evolução da diplomacia chinesa nas últimas

Para o governo da China, uma das principais premissas de sua política externa é que o esforço de desenvolvimento e de modernização do país será conduzido sem abalar as estruturas da ordem mundial, ou seja, será um processo conduzido de forma pacífica e harmoniosa, sem pretensões hegemônicas. Essas p...

Descripción completa

Detalles Bibliográficos
Autor principal: Amaral, Gabriela Granço do
Formato: info:eu-repo/semantics/article
Lenguaje:Portugués
Publicado: Faculdade de Filosofia e Ciências 2021
Materias:
Acceso en línea:https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/aurora/article/view/2719
http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/70126
Descripción
Sumario:Para o governo da China, uma das principais premissas de sua política externa é que o esforço de desenvolvimento e de modernização do país será conduzido sem abalar as estruturas da ordem mundial, ou seja, será um processo conduzido de forma pacífica e harmoniosa, sem pretensões hegemônicas. Essas premissas foram apresentadas como estratégia nacional sob o nome de “ascensão pacífica”. O termo foi lançado em 2003 por Zheng Bijian, vice-presidente do Central Committee’s Central Party School, durante um Fórum sobre China nos Estados Unidos, e já em 2004 passou a fazer parte do discurso oficial chinês, sendo utilizado pelo presidente Hu Jintao e primeiro ministro Wen Jiabao. Essa expressão, contudo, foi logo substituída por “desenvolvimento pacífico”, mudança que pode refletir disputas de interesses e de poder entre grupos da liderança chinesa e também uma correção das implicações da expressão anterior. Isto consolidou-se em 2005, quando o governo chinês lançou um documento intitulado O caminho do desenvolvimento pacífico da China, onde ficavam descritos os objetivos que o país buscaria e a forma como o faria. Diante disso, analisar a diplomacia chinesa desde sua constituição como República Popular e as variáveis que envolvem esta estratégia de ascensão/desenvolvimento é de grande importância para a compreensão da política externa chinesa para o século XXI.