Cartas, Caminha(o), viajantes, mutantes, mares: grafias (in)visíveis (des)marcando espaços (s)em tempos

Caminha encaminha uma carta ao Rei: “Da marinhagem e das singraduras do caminho, não darei aqui conta a Vossa Majestade - porque não saberei fazer e os pilotos devem ter este cuidado - e portanto, Senhor, do que hei de falar começo e digo”. Pretendemos, pelas viagens proporcionadas nesse texto, tamb...

Descripción completa

Detalles Bibliográficos
Autores principales: Andrade, Elenise Cristina Pires de, Oliveira, Renato Salgado de Melo
Formato: info:eu-repo/semantics/article
Lenguaje:Portugués
Publicado: Universidade Estadual de Campinas 2010
Materias:
Acceso en línea:https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/article/view/887
http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/66741
Descripción
Sumario:Caminha encaminha uma carta ao Rei: “Da marinhagem e das singraduras do caminho, não darei aqui conta a Vossa Majestade - porque não saberei fazer e os pilotos devem ter este cuidado - e portanto, Senhor, do que hei de falar começo e digo”. Pretendemos, pelas viagens proporcionadas nesse texto, também falar e dizer de novas terras, outras grafias, diversos tempos. Criaturas vistas nas Terras Novas, apresentadas aos velhos olhares por Afonso d'Escragnolle-Taunay, mutantes dos filmes da Marvel Comics, X-Men. Tantas vidas, tantas novidades que escapam do controle sobre o que se classificar como novo, velho; normal, anormal; liberdade, controle. Que (in)visibilidades pulsariam dessas vidas? Tempos que se multiplicam nas memórias (ou seriam nos esquecimentos?) dos mutantes Wolverine e Magneto que nos acompanham por esses mares, memórias, marcações na pele. No primeiro filme o tempo universal da liberdade, sempre ela: a liberdade em tensões quase insuportáveis. No segundo, o espaço é sinal do passado, permanência de um tempo-memória. E por último o tempo que se arrasta da prisão, tempo que não pode ser liberado pois precisa ser normalizado. Tempos e lugares que se (?) escrevem (in)visíveis com os mutantes, pelos mares, com os viajantes que, como Caminha, sempre escrevem cartas. “Beijo as mãos de Vossa Alteza. Deste porto seguro, da vossa Ilha de Vera Cruz, hoje, sexta-feira, primeiro dia de maio de 1500” que, de onde começo, não termino. Também sabendo que possa, a quem se endereça tal grafia, d’ela não ter achamento. “Isto tomávamos nós nesse sentido, por assim o desejarmos”.