A edição dos lugares: sobre fotografias e a política espacial das imagens

Este artigo tem por intuito discutir como as imagens contemporâneas criam pensamentos e ações sobre os lugares, coisas e pessoas, o que resolvemos chamar de política espacial das imagens. Estamos lidando com o argumento de que um dos meios para que isso aconteça, está no processo de “edição” dos lug...

Descripción completa

Detalles Bibliográficos
Autor principal: Queiroz Filho, Antonio Carlos
Formato: info:eu-repo/semantics/article
Lenguaje:Portugués
Publicado: Universidade Estadual de Campinas 2010
Materias:
Acceso en línea:https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/article/view/883
http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/66737
Descripción
Sumario:Este artigo tem por intuito discutir como as imagens contemporâneas criam pensamentos e ações sobre os lugares, coisas e pessoas, o que resolvemos chamar de política espacial das imagens. Estamos lidando com o argumento de que um dos meios para que isso aconteça, está no processo de “edição” dos lugares, a exemplo dos estudos feitos pelo historiador Simon Schama (1996), sobre como as fotografias e pinturas feitas sobre o Parque Nacional Yosemite, nos EUA, nos apresentam o lugar a partir de uma dada intencionalidade, a saber, a de não permitir que os vestígios ali deixados pelas pessoas que iam lá visitá-lo aparecessem, como os lixos jogados pelo chão e que serviam, muitas vezes, de alimento para os ursos. O caráter da edição nos coloca, portanto, em contato com os traços da cultura e do pensamento espacial existente, no momento da produção daquelas imagens. Esse será o centro da discussão deste artigo, composto pelos temas da fotografia, do lugar e da experiência, conjunto imbricado que nos permite entender e, ao mesmo tempo, produzir práticas e pensamentos mais próximos daquilo que a geógrafa inglesa, Doreen Massey (2008) chamou de “multiplicidade” - de que são feitos os lugares.