A (in)sustentabilidade do discurso da educação para o desenvolvimento sustentável do Banco Mundial

A partir da década de 70 do século XX o capital adentra numa crise estrutural, causando com isso, efeitos danosos a vida humana de maneira continuada e rastejante. Devido aos danos econômicos, políticos e ecológicos de um modo de produção destrutivo de nossa época, o capital tenta dar resposta a sua...

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Detalles Bibliográficos
Autor principal: Moreira, Luciano Accioly Lemos
Formato: info:eu-repo/semantics/article
Lenguaje:Portugués
Publicado: Universidade Estadual de Campinas 2008
Materias:
Acceso en línea:https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/article/view/814
http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/66683
Descripción
Sumario:A partir da década de 70 do século XX o capital adentra numa crise estrutural, causando com isso, efeitos danosos a vida humana de maneira continuada e rastejante. Devido aos danos econômicos, políticos e ecológicos de um modo de produção destrutivo de nossa época, o capital tenta dar resposta a sua crise estrutural. Tem-se em vários setores da sociedade e mais precisamente na educação, o surgimento do discurso da sustentabilidade como possibilidade na resolução dos conflitos de nossa época. Proporemos-nos analisar o discurso sobre a educação para o desenvolvimento sustentável contidos nos projetos do Banco Mundial e da ONU a partir da década de 90 do século XX. Procuraremos demonstrar as permanências e rupturas desse dizer, as possibilidades e limites desse novo projeto desenvolvimentista na reprodução da sociabilidade capitalista. Acreditamos que ao explicitarmos a voz ideológica do capital a sua crise, demonstrando o seu funcionamento, sua operacionalidade e limites, estaremos também, contribuindo para ecoar o que se quer silenciar, ou seja, a insustentabilidade de um sistema que refrea o livre desenvolvimento dos indivíduos. Com isso, a sustentabilidade da humanidade terá como possibilidade efetiva apenas quando o controle social da produção, da circulação e do consumo estiverem sob o controle consciente dos trabalhadores associados, ou seja, numa sociedade para além da escravidão assalariada do capital, numa sociabilidade comunista.