Gente em cena: fragmentos e memórias da dança em Goiás
O presente trabalho tem como objetivo apresentar a dança como arte da memória e expressa em corpos que dançam. Reconstruímos danças populares de Goiás quase que “esquecidas”, presentes apenas na memória de antigos moradores da região de Santa Cruz, cidade do Estado de Goiás. Temos como foco a perspe...
Autor principal: | |
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Formato: | info:eu-repo/semantics/article |
Lenguaje: | Portugués |
Publicado: |
Universidade Estadual de Campinas
2008
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Materias: | |
Acceso en línea: | https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/article/view/670 http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/66539 |
Sumario: | O presente trabalho tem como objetivo apresentar a dança como arte da memória e expressa em corpos que dançam. Reconstruímos danças populares de Goiás quase que “esquecidas”, presentes apenas na memória de antigos moradores da região de Santa Cruz, cidade do Estado de Goiás. Temos como foco a perspectiva da história oral, priorizando a utilização de fontes orais, bem como, o registro de imagens. A inter-relação com a comunidade manifesta-se como condição fundamental para se apreender os modos, as histórias, os movimentos, as dramaturgias que marcam estes cotidianos e sua arte. Estas danças resistem como fragmentos, na memória de antigos moradores e sem registros oficiais. Continuam vivas na tradição da oralidade, mais particularmente, na memória do corpo, já que não são mais dançadas. Foram danças aprendidas em festas rurais locais, realizadas nos salões das fazendas da região. Entre os mutirões e pagodes, estas danças e cantos tinham intuito de agregar, coletivizar experiências, ancorando-se nas trocas e nas relações afetivas, sociais e culturais. Ao longo dos anos foram proibidas e/ou desprezadas pela modernidade capitalista. A metodologia desenvolvida envolveu o registro pela escrita, pela imagem e pela experiência vivida, formando uma rede de significações. Nossa intenção foi olhar para o corpo como um texto múltiplo e constituído de história, memória, cultura e arte. São tiranias e poesias inscritas no cotidiano e na dança. É a presença de uma multiplicidade de diálogos e uma dança apresentada como campo de conhecimento polissêmico. Nosso referencial teórico dialoga com diversos autores, entre eles Portelli, Olga Von Simson, Walter Benjamin, entre outros. |
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