A enunciação musical em duas interpretações de um prelúdio de Chopin
O presente ensaio procura discutir as marcas enunciativas presentes na melodia tonal a partir da investigação de algumas propriedades comuns ao aparelho fonador humano e aos instrumentos musicais reais e virtuais. Analisando essas propriedades à luz da teoria glossemática de Hjelmslev (1975) e da se...
Autor principal: | |
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Formato: | info:eu-repo/semantics/article |
Lenguaje: | Portugués |
Publicado: |
UNESP
2009
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Materias: | |
Acceso en línea: | https://periodicos.fclar.unesp.br/alfa/article/view/2127 http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/63905 |
Sumario: | O presente ensaio procura discutir as marcas enunciativas presentes na melodia tonal a partir da investigação de algumas propriedades comuns ao aparelho fonador humano e aos instrumentos musicais reais e virtuais. Analisando essas propriedades à luz da teoria glossemática de Hjelmslev (1975) e da semiótica tensiva de Claude Zilberberg (2006), nossa investigação chegou aos seguintes resultados: (i) dado que o sistema musical e o sistema fonológico possuem categorias comuns, pode-se sustentar a existência de um parentesco genético entre expressão verbal e expressão musical; (ii) o efeito de sentido característico da melodia tonal é fruto de uma confi guração sintagmática de suprassegmentos (cronemas, tonemas e dinamemas) hierarquicamente organizados; (iii) outras categorias do sistema melódico tais como o andamento, a dinâmica e o timbre – os foremas musicais – ocupam um papel à parte na hierarquia melódica e são as principais responsáveis pelas marcas deixadas no enunciado pela instância intérprete do sujeito da enunciação. |
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