Explicando as diferenças semânticas entre ter que e dever: uma proposta em semântica de mundos possíveis

Este artigo investiga as diferenças semânticas entre tem que e deve, dado que ambos são auxiliares modais que expressam necessidade. O quadro teórico é formal e baseiase na proposta de Kratzer (1981, 1991). Tendo como pano de fundo um levantamento de ocorrências desses auxiliares em banco de corpus...

Descripción completa

Detalles Bibliográficos
Autores principales: Pires de Oliveira, Roberta, Scarduelli, Jaqueline Alves
Formato: info:eu-repo/semantics/article
Lenguaje:Portugués
Publicado: UNESP 2009
Materias:
Acceso en línea:https://periodicos.fclar.unesp.br/alfa/article/view/1476
http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/63861
Descripción
Sumario:Este artigo investiga as diferenças semânticas entre tem que e deve, dado que ambos são auxiliares modais que expressam necessidade. O quadro teórico é formal e baseiase na proposta de Kratzer (1981, 1991). Tendo como pano de fundo um levantamento de ocorrências desses auxiliares em banco de corpus falado (Varsul e Nurc) e escrito (Folha de S. Paulo), o artigo mostra tem que não admite alternativas, ao passo que deve admite. Assim, a diferença central é: tem que expressa necessidade forte, ao passo que deve uma necessidade fraca. Essa diferença é explicada por meio do conceito de fonte de ordenação. Notamos ainda que tem que se combina apenas com base circunstancial, ao passo que deve combina tanto com base epistêmica quanto circunstancial. Finalmente, tem que admite uma gama maior de ordenações, na medida em que admite uma ordenação “desiderata”, de acordo com os desejos do falante, ausente com deve.