O estado e a ação política entre o “animal político”, o “príncipe” e o “homem autêntico: Da ética intelectualista à ética consequencialista e a correlação entre a “ética das últimas finalidades” e a “ética da responsabilidade”

Baseado na investigação do Estado e da ação política entre o “animal político” de Aristóteles, o “Príncipe” de Maquiavel e o “homem autêntico” de Max Weber, o artigo mostra que, se o intelectualismo socrático-platônico reduz o bem moral às fronteiras de um dado de conhecimento em uma construção que...

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Detalles Bibliográficos
Autor principal: Mariano da Rosa, Luiz Carlos
Formato: info:eu-repo/semantics/article
Publicado: Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP, Unidade da Faculdade de Ciências Aplicadas de Limeira-SP, vinculada ao Laboratório de Estudos do Setor Público, LESP 2020
Materias:
Acceso en línea:https://periodicos.fclar.unesp.br/redd/article/view/14601
http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/62178
Descripción
Sumario:Baseado na investigação do Estado e da ação política entre o “animal político” de Aristóteles, o “Príncipe” de Maquiavel e o “homem autêntico” de Max Weber, o artigo mostra que, se o intelectualismo socrático-platônico reduz o bem moral às fronteiras de um dado de conhecimento em uma construção que torna o conhecimento do bem e da justiça a condição para a ação justa, a definição aristotélica do ser humano como um "animal político" implica que a sua realização guarda correspondência com a comunidade política, haja vista que caracteriza a virtude como um habitus enquanto uma disposição adquirida para o desenvolvimento de uma boa conduta que tende a um fim superior, à perfeição. Dessa forma, sobrepondo-se à ética intelectualista, o artigo assinala que Maquiavel estabeleceistória, Hi a correlação envolvendo virtus e fortuna no utilitarismo da moral imanente da política enquanto ciência empírica, fundamentando a moralidade na prática política em um movimento que converge para as fronteiras da ética consequencialista. Finalizando, estabelecendo a distinção entre a “ética das últimas finalidades”, que implica uma conduta baseada em uma moral incondicional, e a “ética da responsabilidade”, que submete à avaliação os meios dispostos e as suas possibilidades de aplicação, Weber sublinha a condição de suplementaridade envolvendo ambas em uma construção que, dessa forma, converge para o desenvolvimento do “homem autêntico”.