Decadência das civilizações e memória dos ideais: a filosofia da historia na obra de Raul Pompéia / Civilization decadence and memory of ideals: philosophy of history in Raul Pompéia’s work

O presente ensaio analisa a concepção de História na obra de Raul Pompéia e o papel atribuído à memória. Para tanto, escolhemos como corpus a crônica-ensaio “Cavaleiros andantes”, a segunda conferencia do prof. Cláudio , em O Ateneu, e a obra Canções sem Metro, uma vez que nelas encontramos uma gran...

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Detalles Bibliográficos
Autor principal: Silva, Marciano Lopes e
Formato: info:eu-repo/semantics/article
Publicado: Revista de Letras 2007
Materias:
Acceso en línea:https://periodicos.fclar.unesp.br/letras/article/view/309
http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/61566
Descripción
Sumario:O presente ensaio analisa a concepção de História na obra de Raul Pompéia e o papel atribuído à memória. Para tanto, escolhemos como corpus a crônica-ensaio “Cavaleiros andantes”, a segunda conferencia do prof. Cláudio , em O Ateneu, e a obra Canções sem Metro, uma vez que nelas encontramos uma grande narrativa da humanidade que possibilita reconhecermos uma Filosofia da Historia. Contrariando as ideologias dominantes no final do século XIX, constatamos uma reação à idéia positiva de progresso, que se expressa numa visão decadentista e cíclica da História, cuja escatologia sem deuses nos remete, após o cataclismo final, ao tempo sem máculas da origem. Entretanto, apesar do pessimismo do sistema, há latente nele o desejo reprimido da ruptura revolucionária capaz de romper o ciclo infernal. E ao artista cabe a tarefa, assim como ao historiador, de registrar a tragédia dos ideais com o provável objetivo de manter viva esta chama. This study analyses the conception of History in Raul Pompéia’s work and the role attributed to memory. The chonicle “Cavaleiros andantes”, the second conference of Professor Cláudio, in O Ateneu, and the work Canções Sem Metro were chosen to be analysed, since we find a great narrative of the huanity in them, making possilbe the recognition of a Philosophy of History from it. Against the dominant ideologies at the end of the XIX century, we realize a reaction to the positive Idea of progress, expressed in a decadent and cyclic vision of History, whose eschatology without gods leads us, after the final cataclysm, to the stainless time of origin. However, despite the pessimism of the system, it is a latent in the repressed desire of the revolutionary rupture able to break the infernal cycle. And to the artist, as to the historian, is left the task of recording the tragedy of the ideals with the problable aim of keeping this flame alive.