Autoritarismo versus liberdade de expressão: o teatro brasileiro dribla a censura com perspicácia
A presente reflexão propõe um debate sobre as artimanhas utilizadas por produtores teatrais, dramaturgos e atores para ludibriar os censores dos governos militares que se sucederam no Brasil, entre 1964 e 1985. Nesse sentido, aborda o contexto da produção de algumas peças, privilegiando...
Autor principal: | |
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Formato: | artículo científico |
Lenguaje: | Portugués |
Publicado: |
Universidade Estadual de Londrina
2015
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Materias: | |
Acceso en línea: | http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=193340842005 http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/58095 |
Sumario: | A presente reflexão propõe um debate sobre as artimanhas utilizadas por produtores teatrais, dramaturgos e atores para ludibriar os censores dos governos militares que se sucederam no Brasil, entre 1964 e 1985. Nesse sentido, aborda o contexto da produção de algumas peças, privilegiando aquelas que contemplaram temáticas avaliadas como imorais ou fizeram repercutir questões políticas tomadas como subversivas. Profissionais dissimularam com criatividade o teor das mensagens de seus roteiros e metamorfosearam diálogos de inúmeras peças por meio de alegorias e representações da linguagem, sem, no entanto, negligenciar e m os impasses estéticos, as questões existenciais e de classe, as críticas à égide do prog resso e à sociedade de consumo . A complexidade de tal proposição implica a compreensão das estratégias usadas pelos artistas e , também, as táticas usadas pelos censores, apoiados na legislação instituída e treinados pela Academia Nacional de Polícia, para coibir as obras que denotassem características consideradas altamente nocivas à manutenção da ordem pública e a os valores democráticos e cristãos. |
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