DA GEOGRAFIA DA POPULAÇÃO À NECROPOLÍTICA: PRESENTIFICAÇÃO E DISPUTAS DE SENTIDO EM TEMPOS DE CORONAVÍRUS

O presente artigo tem como desafio analisar o contexto da crise do coronavírus na produção de discursos que fortalecem o pensamento da Necropolítica. A crise do COVID- 19 é planetária. Começou na China e rapidamente se difundiu por mais de 180 países, devido a aceleração da circulação de pessoas na...

Descripción completa

Detalles Bibliográficos
Autores principales: Karol, Eduardo, Silva, Catia Antonia da
Formato: info:eu-repo/semantics/article
Lenguaje:Portugués
Publicado: Universidade do Estado do Rio de Janeiro 2020
Materias:
Acceso en línea:https://www.e-publicacoes.uerj.br/ojs/index.php/tamoios/article/view/50375
http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/57549
Descripción
Sumario:O presente artigo tem como desafio analisar o contexto da crise do coronavírus na produção de discursos que fortalecem o pensamento da Necropolítica. A crise do COVID- 19 é planetária. Começou na China e rapidamente se difundiu por mais de 180 países, devido a aceleração da circulação de pessoas na escala mundo. Assim, essa crise ganha a dimensão demográfica que merece reflexão geográfica e sobretudo, a compreensão das narrativas que reafirmam a dimensão político-conservadoras que atrelam a mortalidade da população pobre e negra como positiva para a regulação da economia e superação das desigualdades sociais. Trata-se de um contexto em que a crise acelera a agudização das desigualdades e as formulações de superação de problemas ganham a dimensão de discursos genocidas e de perversidade que põem em xeque os limites da modernidade e da pauta humanista. Assim, mais uma vez a questão demográfica pode ganhar centralidade nesse debate pautado na superação das desigualdades pela negação do outro e pela destruição dos pobres.  O artigo divide-se em duas seções: a primeira apresenta os dados disponíveis sobre a expansão do coronavírus e a segunda analisar a revisão bibliográfica que alimenta a necropolítica demográfica