(RE)ESCREVER(SE) O PAI - DIAS PERDIDOS, DE LÚCIO CARDOSO

A relação estabelecida entre a vida e a escrita sempre foi muito discutida no meio literário. Em alguns casos, acreditava-se ser apenas o texto o objeto de pesquisa importante para o desenvolvimento da crítica. Em outros, biografias eram analisadas, fazendo da memória a principal marca da escrita e...

Descripción completa

Detalles Bibliográficos
Autor principal: Fábio Figueiredo CAMARGO, Marina Couto RIBEIRO
Formato: info:eu-repo/semantics/article
Lenguaje:Portugués
Publicado: Universidade do Estado do Rio de Janeiro 2013
Materias:
Acceso en línea:https://www.e-publicacoes.uerj.br/ojs/index.php/pensaresemrevista/article/view/7967
http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/57238
Descripción
Sumario:A relação estabelecida entre a vida e a escrita sempre foi muito discutida no meio literário. Em alguns casos, acreditava-se ser apenas o texto o objeto de pesquisa importante para o desenvolvimento da crítica. Em outros, biografias eram analisadas, fazendo da memória a principal marca da escrita e uma forma de reconstrução da vida, uma vez que a língua permite que o autor possa, através das palavras, (re)inventar a memória e fazer de sua obra um reflexo, mesmo que nebuloso, da imagem que se constrói do real. Este artigo pretende destacar alguns pontos comuns entre Dias Perdidos, de Lúcio Cardoso, e a vida do próprio autor, pois se pode perceber que as obras deste refletem passagens de sua vida, principalmente no que diz respeito às questões relacionadas à paternidade, traçando um paralelo entre a relação estabelecida entre ele mesmo e seu pai, Joaquim Lúcio Cardoso, e a relação entre Sílvio e Jaques, personagens do romance. Para comprovar essa relação vida/obra, utilizaremos os estudos de Andréa de Paula Xavier Vilela e Ruth Silviano Brandão como embasamento teórico, além de trechos de correspondências do próprio Lúcio Cardoso coletadas em seu Acervo, contido na Fundação Casa de Rui Barbosa, no Rio de Janeiro.