Errantes, diferentes, desiguais: em torno de Os emigrantes, de W. G. Sebald

Este trabalho propõe uma leitura crítica de Os emigrantes, de W. G. Sebald (2002), problematizam as dicotomias estabelecidas na modernidade entre uma promessa de mobilidade contraposta à clausura de um mundo marcado, conforme a acepção de Walter Benjamin, pelo “mal do progresso” inscrito no pesadelo...

Descripción completa

Detalles Bibliográficos
Autor principal: Oliveira, Paulo César Silva de
Otros Autores: FAPERJ
Formato: info:eu-repo/semantics/article
Lenguaje:Portugués
Publicado: Universidade do Estado do Rio de Janeiro 2019
Materias:
Acceso en línea:https://www.e-publicacoes.uerj.br/ojs/index.php/soletras/article/view/43215
http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/56264
Descripción
Sumario:Este trabalho propõe uma leitura crítica de Os emigrantes, de W. G. Sebald (2002), problematizam as dicotomias estabelecidas na modernidade entre uma promessa de mobilidade contraposta à clausura de um mundo marcado, conforme a acepção de Walter Benjamin, pelo “mal do progresso” inscrito no pesadelo da história. A ficção de Sebald se constrói nas interseções entre memória, documento, história, etnografia e ficção. Seu texto será lido como movimento de passagem que convoca a crítica à análise de uma série discursiva composta por um campo reflexivo em torno das antinomias de uma Europa moderna arrebatada no século XX pelo trauma, pela catástrofe e pela ruína. Neste sentido, Sebald dialoga com formas textuais híbridas que, por meio de uma poética do fragmento, renova o realismo literário, influenciando decisivamente a prosa ficcional contemporânea. Em Sebald, a tematização do mundo arruinado se converte em uma alegoria da era das catástrofes e do destino de sujeitos migrantes. O artigo discute as implicações teóricas e o alcance deste conjunto de temas e reflexões.