A expressão escrita como tentativa de assimilação e representação de uma nova cultura nos romances Nove noites, de Bernardo Carvalho e O enteado, de Juan José Saer
A busca de elucidação sobre acontecimentos ligados ao choque cultural vivido por quem decidiu deixar seu ambiente familiar e se aventurar em nova cultura totalmente desconhecida, torna-se objeto de investigação nos romances Nove noites (2002), do brasileiro Bernardo Carvalho e O Enteado (1983), do a...
Autores principales: | , |
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Formato: | info:eu-repo/semantics/article |
Lenguaje: | Portugués |
Publicado: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
2019
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Materias: | |
Acceso en línea: | https://www.e-publicacoes.uerj.br/ojs/index.php/soletras/article/view/43069 http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/56259 |
Sumario: | A busca de elucidação sobre acontecimentos ligados ao choque cultural vivido por quem decidiu deixar seu ambiente familiar e se aventurar em nova cultura totalmente desconhecida, torna-se objeto de investigação nos romances Nove noites (2002), do brasileiro Bernardo Carvalho e O Enteado (1983), do argentino Juan Jose Saer. Seja por meio da investigação jornalística (Carvalho) ou por meio da restauração de dados da memória (Saer), a expressão escrita se destaca como elemento de arrefecimento do choque cultural vivido, bem como de articulação de uma forma mais adequada de assimilação e de representação de uma nova cultura. Em ambos os casos, o decorrer do tempo e a distância espacial entre os acontecimentos e aqueles que se dispõem a narrá-los se demonstra como fator complicador. Em Bernardo Carvalho, há reivindicação da expressão escrita como fonte de dados para a investigação dos acontecimentos e como auxílio à representação do personagem. Já no romance de Saer, a expressão escrita é ausente no momento dos acontecimentos, porém se faz necessária para completar a sua assimilação, no decorrer do tempo. Essas e outras questões serão analisadas mais detidamente neste estudo comparado, à luz dos conceitos de identidade narrativa e da tríplice mimese de Paul Ricoeur. |
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