Poética do esquecimento: uma aproximação à microficção de María Rosa Lojo

O presente artigo se centra na análise de algumas microficções do livro Bosque de Ojos: microficciones y otros textos breves (2011), de María Rosa Lojo (1954 - Buenos Aires). Produzidas ao longo de mais de duas décadas de trabalho, as microficções lojeanas formam um conjunto marcado pela hibridez ge...

Descripción completa

Detalles Bibliográficos
Autor principal: Marques, Gracielle
Formato: info:eu-repo/semantics/article
Lenguaje:Portugués
Publicado: Universidade do Estado do Rio de Janeiro 2019
Materias:
Acceso en línea:https://www.e-publicacoes.uerj.br/ojs/index.php/soletras/article/view/43404
http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/56258
Descripción
Sumario:O presente artigo se centra na análise de algumas microficções do livro Bosque de Ojos: microficciones y otros textos breves (2011), de María Rosa Lojo (1954 - Buenos Aires). Produzidas ao longo de mais de duas décadas de trabalho, as microficções lojeanas formam um conjunto marcado pela hibridez genérica, reforçando o caráter multifacetado de seu projeto literário. Muitos dessas formas breves compartilham traços genéricos e temáticos que ressignificam o “entre-lugar” cultural enraizado em sua biografia pessoal e familiar, de maneira singular. A partir do conceito de “objeto perdido” de Suárez-Araúz (1988) e dos estudos críticos sobre a microficção de Noguerol (2006), Zavala (2006), entre outros, esta análise objetivou estabelecer a relação entre a brevidade e a recriação da memória cindida, reflexo da diáspora galega. Como resultado da análise, em linhas gerais, é possível constatar que Lojo enriquece a dialética memória/esquecimento sob o ângulo dos objetos perdidos, expressão simbólica que funciona como matéria criativa para reinventar a identidade cultural, feita de lacunas.