Sujeitos femininos desenraizados ou as novas experiências do não pertencimento

Este trabalho discute as novas relações com o espaço que resultam das experiências dos deslocamentos e suas consequências para as personagens femininas que configuram a chamada segunda geração do exílio – filhos de pais exilados das ditaduras latino-americanas.  Tem também como objetivo verificar de...

Descripción completa

Detalles Bibliográficos
Autor principal: Santos, Ana Cristina dos
Formato: info:eu-repo/semantics/article
Lenguaje:Portugués
Publicado: Universidade do Estado do Rio de Janeiro 2019
Materias:
Acceso en línea:https://www.e-publicacoes.uerj.br/ojs/index.php/soletras/article/view/43831
http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/56247
Descripción
Sumario:Este trabalho discute as novas relações com o espaço que resultam das experiências dos deslocamentos e suas consequências para as personagens femininas que configuram a chamada segunda geração do exílio – filhos de pais exilados das ditaduras latino-americanas.  Tem também como objetivo verificar de que maneira a perda dos referentes espaciais modificam esses sujeitos femininos desenraizados. Para tanto, analisam-se as personagens femininas principais dos romances Apenas diez (2006), da escritora uruguaia Marisa Silva Schultze e Pasajeros en tránsito (2013), da escritora chilena Rossana Dresdner.  Verifica-se que os romances problematizam o contínuo “estar em trânsito” das personagens e suas ambiguidades culturais que permitem, com base nas experiências do deslocamento, a construção de uma subjetividade nômade produtora de sujeitos híbridos e traduzidos. Para a análise proposta, utilizam-se os textos de Norandi (2015) e Espina Bocic; Sanhueza Comte (2014) sobre a segunda geração do exílio; de Brah (2011) e García Canclini (2009)  para as noções de espaço e deslocamento; de Said (2003) para as questões de exílio; Benedetti (1983) para o conceito de desexílio e Hall (2005) e Braidotti (2002) para as questões das identidades na contemporaneidade.