Conselhos de Empresa Europeus militantes? Obstáculos, acordos e boas práticas à luz da experiência portuguesa na VW

A organização transnacional de trabalhadores apela a distintas configurações institucionais e modos de atuação. Neste texto analisa-se uma dessas formas de organização: os conselhos de empresa europeus (CEEs), estruturas que dão testemunho do modo como os processos de informação e consulta nas empre...

Descripción completa

Detalles Bibliográficos
Autor principal: Hermes Augusto Cost
Formato: artículo científico
Lenguaje:Portugués
Publicado: Universidade Federal do Rio Grande do Sul 2017
Materias:
Acceso en línea:http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=86856407005
http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/55699
Descripción
Sumario:A organização transnacional de trabalhadores apela a distintas configurações institucionais e modos de atuação. Neste texto analisa-se uma dessas formas de organização: os conselhos de empresa europeus (CEEs), estruturas que dão testemunho do modo como os processos de informação e consulta nas empresas de dimensão comunitária podem reforçar a participação laboral transnacional. Baseando-se no impacto setorial dos CEEs em Portugal, este texto valoriza duas dimensões de análise: por um lado, uma dimensão formal e quantitativa associada a uma análise de conteúdos de acordos de CEEs envolvendo representantes de trabalhadores nos setores metalúrgico, químico e financeiro; por outro lado, uma dimensão qualitativa resultante de entrevistas realizadas junto de representantes de trabalhadores em CEEs, de modo a evidenciar boas práticas associadas ao seu funcionamento. Nesse caso, o CEE do grupo Volkswagen merece atenção especial. Argumenta-se que uma transnacionalização laboral efetiva terá sempre de proceder a um trade-off entre uma gestão de obstáculos persistentes e uma maximização de boas práticas emergentes. Assim, sendo uma realidade com caminho feito, os CEEs continuam a perseguir como até aqui (e porventura ainda mais em contexto de crise económica) o desafio da construção de uma mais coesa identidade laboral transnacional.à