Dos abismos do inconsciente às razões da diferença: criação estética e descolonização da desrazão na Reforma Psiquiátrica Brasileira.
O conceito de linha abissal, de Boaventura de Sousa Santos, assinala a divisão do mundo em zonas civilizadas e selvagens. A desumanização associada à atribuição de desrazão, loucura ou alienação e, mais recentemente, de distúrbio ou transtorno mental aparece como expressão dessa linha abissal. Uma...
Autores principales: | , |
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Formato: | artículo científico |
Lenguaje: | Portugués |
Publicado: |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
2016
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Materias: | |
Acceso en línea: | http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=86847621015 http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/55676 |
Sumario: | O conceito de linha abissal, de Boaventura de Sousa Santos, assinala a divisão do mundo em zonas civilizadas e selvagens. A desumanização associada à atribuição de desrazão, loucura ou alienação e, mais recentemente, de distúrbio ou transtorno mental aparece como expressão dessa linha abissal. Uma das respostas mais radicais e criativas a essa desumanização assumiu formas inovadoras de ação coletiva e de redefinição do espaço dos saberes e modos de expressão no quadro da Reforma Psiquiátrica Brasileira. Este processo aqui discutido a partir das produções e práticas de grupos musicais tornou possível, em particular, o reconhecimento da dimensão estética como elemento central da descolonização dos saberes e práticas da saúde mental, e da invenção de ecologias de saberes que descentram radicalmente a autoridade dos saberes hegemônicosorg. |
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