Mobilidade e Estrutura de Classes no Brasil Contemporâneo

Este artigo apresenta análises sobre estrutura de classes e mobilidade social no Brasil usando os dados mais recentes disponíveis. A evolução da estrutura de classes entre as décadas de 1970 e 2000 é apresentada, indicando que medida em termos das ocupações houve uma diminuição gradual das classes d...

Descripción completa

Detalles Bibliográficos
Autor principal: Carlos Antonio Costa Ribeiro
Formato: artículo científico
Lenguaje:Portugués
Publicado: Universidade Federal do Rio Grande do Sul 2014
Materias:
Acceso en línea:http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=86832118008
http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/55594
Descripción
Sumario:Este artigo apresenta análises sobre estrutura de classes e mobilidade social no Brasil usando os dados mais recentes disponíveis. A evolução da estrutura de classes entre as décadas de 1970 e 2000 é apresentada, indicando que medida em termos das ocupações houve uma diminuição gradual das classes de trabalhadores manuais qualificados e profissionais. Esta mudança, no entanto, não significa que a sociedade brasileira passou a ser predominantemente de classe média como vem sendo defen- dido por alguns cientistas sociais. Além disso, o artigo argumenta que informações sobre mobilidade intergeracional são fundamentais para definir as principais cliva- gens de classe. Nesse sentido, o artigo descreve o padrão de fluidez social no Brasil que determina as desigualdades de oportunidades de mobilidade social e os prin- cipais pontos de fechamento social na estrutura social brasileira. O padrão vertical ou hierárquico é o que melhor descreve a fluidez social no país, o que implica em dizer que a distância entre as classes em termos de mobilidade intergeracional é fun- damental. O papel mediador entre classes de origem e de destino desempenhado pela educação alcançada também é apresentado. A maioria das análises é baseada em dados provenientes da Pesquisa Dimensões Sociais das Desigualdades (PDSD- 2008), mas dados das Pesquisas Nacionais por Amostragem Domiciliar (PNADs) de 1973, 1982, 1988, e 1996 também são apresentados.