Habermas e Honneth: leitores de Mead

Mead foi um filósofo pragmatista americano que desenvolveu uma linha de pensamento denominada como interacionismo simbólico. Para o psicólogo social, somente pode existir um sentido de eu se houver um senso correspondente de um nós. A teoria de Mead é fundamental para Habermas e para Honneth, pois n...

Descripción completa

Detalles Bibliográficos
Autor principal: MARIA EUGÊNIA BUNCHAFT
Formato: editorial
Lenguaje:Portugués
Publicado: Universidade Federal do Rio Grande do Sul 2014
Materias:
Acceso en línea:http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=86831640008
http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/55578
Descripción
Sumario:Mead foi um filósofo pragmatista americano que desenvolveu uma linha de pensamento denominada como interacionismo simbólico. Para o psicólogo social, somente pode existir um sentido de eu se houver um senso correspondente de um nós. A teoria de Mead é fundamental para Habermas e para Honneth, pois não recorre ao individualismo metodológico, explicando os fenômenos sociais e o comportamento social em uma perspectiva intersubjetiva. Defende-se que a preocu - pação fundamental de Habermas (2002; 2012), em sua releitura da psicologia social de Mead, se concentra em que o desenvolvimento do self alcance um nível de pós- convencionalidade. A preocupação de Honneth, ao resgatar Mead, vincula-se aos contextos de vulnerabilidade moral, ou seja, à possibilidade de evitar os danos que o self possa sofrer na formação da identidade pessoal. Sustenta-se, finalmente, que uma releitura da psicologia social de Mead com base no paradigma normativo da autor - realização não possui recursos teóricos com potencialidade para avaliar as injustiças contemporâneas e atender aos desafios propostos pelos novos movimentos sociais, porquanto a ampliação das dimensões de reconhecimento não pode basear-se em uma apologia da psicologia moral do sofrimento. Busca-se, portanto, apresentar um diálogo entre Habermas e Honneth sobre a psicologia social de Mead.