Populismo e Antipopulismo na Política Brasileira: Massas, Lógicas Políticas e Significantes em Disputa

O objetivo do artigo é mostrar que o termo “populismo” se refere tanto a um conceito quanto a um significante presente na disputa política, e que essas dimensões se comunicam. Para tanto, analisamos discursos sobre o populismo no Brasil durante o quarto período republicano produzidos dentro e fora d...

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Detalles Bibliográficos
Autores principales: Ronderos, Sebastián, Zicman de Barros, Thomás
Formato: info:eu-repo/semantics/article
Lenguaje:Portugués
Publicado: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 2020
Materias:
Acceso en línea:https://revistas.pucsp.br/index.php/aurora/article/view/45848
http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/54067
Descripción
Sumario:O objetivo do artigo é mostrar que o termo “populismo” se refere tanto a um conceito quanto a um significante presente na disputa política, e que essas dimensões se comunicam. Para tanto, analisamos discursos sobre o populismo no Brasil durante o quarto período republicano produzidos dentro e fora da academia. Argumentamos que as teorias que interpretavam o populismo a partir das noções de bonapartismo e massa emergem quando o termo já era utilizado na linguagem corrente – notadamente para se referir a Adhemar de Barros, seja de forma laudatória, seja de forma pejorativa. A desconstrução dessas interpretações nos aproxima da Teoria do Discurso da Escola de Essex, que compreende o populismo como uma lógica política opondo “nós” contra “eles” e que pode se ligar a diversas ideologias. Concluímos então que, no contexto brasileiro, o próprio discurso antipopulista reproduzia a lógica populista – utilizando o termo “populismo” para caracterizar negativamente seus adversários.