Categorizando Usuários Fáceis e Difíceis: Práticas Cotidianas de Implementação de Políticas Públicas e a Produção de Diferenças Sociais*
Este artigo aborda como as práticas cotidianas de agentes envolvidos em processos de implementação de políticas públicas se entrelaçam com a produção da diferenciação social dos públicos atendidos. Parte-se de uma sistematização de perspectivas analíticas presentes no debate internacional sobre impl...
Autores principales: | , |
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Formato: | artículo científico |
Lenguaje: | Portugués |
Publicado: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
2020
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Materias: | |
Acceso en línea: | http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=21868580004 http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/49645 |
Sumario: | Este artigo aborda como as práticas cotidianas de agentes envolvidos em processos de implementação de políticas públicas se entrelaçam com a produção da diferenciação social dos públicos atendidos. Parte-se de uma sistematização de perspectivas analíticas presentes no debate internacional sobre implementação de políticas públicas que, então, são colocadas em diálogo com o estudo empírico da implementação da Estratégia Saúde da Família no município de São Paulo, com foco na atuação dos Agentes Comunitários de Saúde. Revela como as diferenças sociais penetram o mundo das políticas públicas por meio da centralidade de práticas de categorização e julgamento dos usuários dos serviços. Essas práticas constituem um esforço de delimitação de fronteiras simbólicas que permite aos agentes operarem uma segmentação não oficial do público atendido, classificando-os entre usuários fáceis e difíceis. Os achados indicam que a diferenciação social produzida mescla elementos de natureza funcional com elementos morais associados a uma avaliação sobre a (in)adequação do comportamento dos usuários, com potenciais implicações para dinâmicas mais amplas de reprodução de desigualdades sociais. |
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