Intersubjetividade ou Solipsismo? Aporias da Teoria do Agir Comunicativo de Jürgen Habermas
Este artigo argumenta que a intersubjetividade pretendida pela teoria do agir comunicativo é solapada pelo solipsismo monológico intrínseco às suas pró - prias premissas. O fio condutor do artigo é a reflexividade da linguagem (se - ção I). O problema da intersubjetividade surge na passagem da análi...
Autor principal: | |
---|---|
Formato: | artículo científico |
Lenguaje: | Portugués |
Publicado: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
2017
|
Materias: | |
Acceso en línea: | http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=21853111008 http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/49561 |
Sumario: | Este artigo argumenta que a intersubjetividade pretendida pela teoria do agir comunicativo é solapada pelo solipsismo monológico intrínseco às suas pró - prias premissas. O fio condutor do artigo é a reflexividade da linguagem (se - ção I). O problema da intersubjetividade surge na passagem da análise da esfe - ra pública no século XVIII ao paradigma procedimental da democracia deli - berativa (seção II). Entre essas extremidades institucionais, Habermas incrusta uma teoria anti-institucional da linguagem, apoiada na situação ideal de fala (seção III). Afim de assegurar o engajamento na busca pelo entendimento linguístico, os participantes em um discurso têm de agir de acordo com uma re - gra de sinceridade (seção IV), o que pressupõe um comprometimento moral prévio e, portanto, monológico, com a busca pelo consenso (seção V). Essas di - ficuldades comprometem o modelo deliberativo da democracia porque con - vertem o ideal da simetria discursiva no pressuposto empírico para a delibera - ção democrática (seção VI). |
---|