A Reforma Cabanis como pauta da idéologie: faculdades imperiais em vez de universidades góticas
Neste artigo, pretendo avaliar como, extrapolando o campo da saúde, a Reforma Cabanis foi incorporada à reforma educacional bonapartista que estabeleceu as bases institucionais do sistema de ensino superior implantado na França, durante o século XIX. Nesse sentido, em primeiro lugar, apresento os pr...
Autor principal: | |
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Formato: | info:eu-repo/semantics/article |
Lenguaje: | Portugués |
Publicado: |
Edições Universitárias Lusófonas
2019
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Acceso en línea: | https://revistas.ulusofona.pt/index.php/rleducacao/article/view/6694 http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/47926 |
Sumario: | Neste artigo, pretendo avaliar como, extrapolando o campo da saúde, a Reforma Cabanis foi incorporada à reforma educacional bonapartista que estabeleceu as bases institucionais do sistema de ensino superior implantado na França, durante o século XIX. Nesse sentido, em primeiro lugar, apresento os principais pontos da reforma do ensino médico, destacando dimensões conceituais e político-pedagógicas da contribuição de Cabanis e seus parceiros – membros do movimento que se tornou conhecido como Idéologie –, principalmente no que se refere à potencial articulação com o sistema de educação em geral. Em segundo lugar, identifico eventos históricos referentes à reorganização do sistema francês de educação, no contexto das reformas sociais iniciadas no regime do Consulado, consolidadas no Império e mantidas na Restauração. Em terceiro lugar, analiso a configuração do modelo resultante dessas reformas, destacando o conceito de universidade imperial, promovido pelo próprio Imperador Napoleão Bonaparte como centro gestor de todo o sistema de educação. Finalmente, faço referência à reforma universitária republicana, aprovada na década de 1890, quando as universidades foram reincorporadas ao sistema francês de educação como instância de representação institucional e coordenação simbólica de faculdades, escolas e academias que detinham autonomia política, administrativa e acadêmica.
Palavras-chave: Cabanis; Bonaparte; reforma universitária; educação superior. |
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