CONHECER AS CORES SEM NUNCA TÊ-LAS VISTO

Ensinar cores a cegos de nascimento é um desafio para professores de física, porém insistimos em fazê-lo. Propomos levar em consideração que todos os sentidos são mobilizados no processo de aprendizagem, sendo assim, multissensorial. O sentido da visão, em nosso caso de estudo, será substituído...

Descripción completa

Detalles Bibliográficos
Autores principales: Cristina Bianchi, Kim Ramos, Maria da Conceição Barbosa-Lima
Formato: artículo científico
Lenguaje:Portugués
Publicado: Universidade Federal de Minas Gerais 2016
Materias:
Acceso en línea:http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=129546406008
http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/47703
Descripción
Sumario:Ensinar cores a cegos de nascimento é um desafio para professores de física, porém insistimos em fazê-lo. Propomos levar em consideração que todos os sentidos são mobilizados no processo de aprendizagem, sendo assim, multissensorial. O sentido da visão, em nosso caso de estudo, será substituído por outros. Considerando que a formação de conceitos é um processo sociolinguístico, avaliamos e averiguamos o conteúdo imagético do conceito de cores em um teste de associação livre com estudantes cegos e videntes. Concluímos que tais conceitos não dependem exclusivamente do visual; outras associações estão envolvidas na sua construção, embora saibamos que nenhum outro sentido fará um cego perceber visualmente as cores. Assim, é possível uma concepção segundo a qual o ensino de cores a alunos cegos deixe de ser um desafio intransponível.