Quilombo, território e geografia

Este artigo analisa a autoidentificação do quilombo por comunidades rurais no vale do Ribeira, na luta pelo acesso à terra, ancorada no artigo 68 da Constituição Brasileira, que garante o direito às terras de quilombos, no Brasil. A análise se estende ao fato de que comunidades de rappers, bem como...

Descripción completa

Detalles Bibliográficos
Autor principal: Carril, Lourdes de Fátima Bezerra
Formato: info:eu-repo/semantics/article
Lenguaje:Portugués
Publicado: Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas 2005
Materias:
Acceso en línea:https://www.revistas.usp.br/agraria/article/view/92
http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/45778
Descripción
Sumario:Este artigo analisa a autoidentificação do quilombo por comunidades rurais no vale do Ribeira, na luta pelo acesso à terra, ancorada no artigo 68 da Constituição Brasileira, que garante o direito às terras de quilombos, no Brasil. A análise se estende ao fato de que comunidades de rappers, bem como outros moradores da periferia de Capão Redondo, em São Paulo, também vêm chamando para si a auto-identidade de quilombolas e para esses espaços da cidade, de quilombos. Procura-se entender que essa representação expressa, tanto a exclusão da terra no campo, como a segregação social, espacial e racial na cidade. Liga-se às relações desiguais e contraditórias, historicamente, presentes na constituição sociedade-território no Brasil. Em ambos os casos, os grupos buscam uma identidade comum. A identificação e a representação do quilombo torna-se base para a sobrevivência física e cultural, significando também a tentativa de reenraizamento social e espacial ou de criação de uma nova territorialidade, a inserção social pelo rap e a recuperação da auto-estima.