VALOR-TRABALHO E TRABALHO IMATERIAL NAS CIÊNCIAS SOCIAIS CONTEMPORÂNEAS

A teoria do valor foi até hoje lida com base em três recortes analíticos amplos. Um recorte anterior a Marx, o de Marx e dos marxistas e o dos neoclássicos. O anterior a Marx tem como elementos centrais a ideia de que o valor é uma categoria central das sociedades de economia mercantil ou de troca,...

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Detalles Bibliográficos
Autor principal: Amorim, Henrique
Formato: info:eu-repo/semantics/article
Lenguaje:Portugués
Publicado: Universidade Federal da Bahia 2010
Materias:
Acceso en línea:https://periodicos.ufba.br/index.php/crh/article/view/19009
http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/39374
Descripción
Sumario:A teoria do valor foi até hoje lida com base em três recortes analíticos amplos. Um recorte anterior a Marx, o de Marx e dos marxistas e o dos neoclássicos. O anterior a Marx tem como elementos centrais a ideia de que o valor é uma categoria central das sociedades de economia mercantil ou de troca, que nas sociedades capitalistas ganharia sua expressão mais avançada no processo de criação da riqueza. Em Marx, o valor é considerado como a categoria econômica mercantil fundamental. No entanto, esse tipo de economia é apreciado como transitório, isto é, há uma determinação histórica da economia mercantil que se vincula diretamente à existência do valor. Já para os neoclássicos, o valor é uma categoria da atividade econômica em geral, sendo, portanto, a atividade econômica capitalista uma forma particular dessa atividade econômica geral. Sua preocupação central está, nesses termos, voltada para o equilíbrio geral apoiado na análise marginalista do valor. No entanto, o debate em torno do valor hoje parece ir além dessas classificações. Sua recuperação se sintetiza na seguinte pergunta: as teses sobre as novas tecnologias da informação e sobre o trabalho imaterial convergiriam para uma nova forma da teoria do valor-trabalho ou para a superação dessa teoria? O objetivo central deste artigo é caracterizar introdutoriamente as principais teses do debate na teoria social, que incorporam, atualizam ou negam a teoria do valor-trabalho no processo de análise do trabalho imaterial. PALAVRAS-CHAVE: teoria do valor-trabalho, trabalho material e imaterial, Marx, sociologia contemporânea. LABOR-VALUE AND IMMATERIAL LABOR IN CONTEMPORARY SOCIAL SCIENCES Henrique Amorim The theory of value was read until presently based on three broad analytical approaches. An approach before Marx, another approach by Marx and the Marxists and the neoclassicist approach. The one before Marx has as its central element the idea that value is a central category to societies with market or barter economy, that in capitalist societies would gain its most advanced expression in the process of wealth creation. In Marx, value is considered as the fundamental market economic category. However, this type of economy is assessed as transient, ie, there is a historical determination of the market economy that is directly linked to the existence of value. As for the neoclassicists, value is a category of economic activity in general, therefore, capitalist economic activity being a particular form of economic activity in general. Its main concern is, in these terms, directed to a general equilibrium supported by the marginalist analysis of value. However, the debate over value today seems to go beyond these classifications. Its recovery is summarized in the following question: do theses on new information technologies and immaterial labor converge to a new form of labor theory of value or to overcome this theory? The main purpose of this paper is to introductorily characterize the main theses of debate in social theory, which incorporate, update or deny the labor theory of value in the process of analysis of immaterial labor. KEYWORDS: Labor Theory of Value, Labor, Material and Immaterial Labor, Marx, Contemporary Sociology. VALEUR TRAVAIL ET TRAVAIL IMMATÉRIEL DANS LES SCIENCES SOCIALES CONTEMPORAINES Henrique Amorim Jusqu´à présent, la théorie de la valeur a toujours été analysée sur trois grandes périodes. La première se situe avant Marx, la deuxième correspond à celle de Marx et des marxistes et la dernière à celle des néoclassiques. L´idée phare de la période qui précède Marx est celle de la valeur considérée comme catégorie centrale des sociétés d´économie de marché ou d´échange qui, dans les sociétés capitalistes, trouveront leur plus grande expression dans le processus de création des richesses. Chez Marx, la valeur est l´élément fondamental de l´économie de marché. Toutefois, ce type d´économie est considéré transitoire car, historiquement, l´économie de marché est directement liée à l´existence de la valeur. Pour les néo-classiques, la valeur est une catégorie et fait partie de l´activité économique en général, l´activité économique capitaliste est donc une forme spécifique de cette activité économique générale. C´est-à-dire que sa préoccupation principale est celle d´un équilibre général basé sur l´analyse marginaliste de la valeur. De nos jours, le débat concernant la valeur semble toutefois aller au-delà de ces classifications. Son rétablissement pourrait être synthétisé par la question suivante: les thèses concernant les nouvelles technologies d’information et le travail immatériel convergent-elles vers l élaboration d´une nouvelle théorie de la valeur travail ou vers le dépassement de cette théorie? L´objectif principal de cet article est de commencer à relever les caractéristiques des principales thèses sur le débat de la théorie sociale qui intègrent, mettent à jour ou nient la théorie de la valeur travail dans leur processus d´analyse du travail immatériel. MOTS-CLÉS: théorie de la valeur travail, travail matériel et immatériel, Marx, sociologie contemporaine. Publicação Online do Caderno CRH: http://www.cadernocrh.ufba.br